Estrela – Os vereadores autorizaram o Executivo a firmar convênio com a Corsan. O contrato será assinado após a realização de uma audiência pública entre a companhia, o município e a comunidade, no início de março. Nessa reunião a população conhecerá o combinado sobre investimentos nos 25 anos.
Algumas obras dependem do convênio firmado, como a pavimentação das 22 ruas com recursos do PAC. A tubulação das redes de água e esgoto deve estar prevista no projeto de asfaltamento.
O contrato será revisto a cada cinco anos para avaliar se as necessidades elencadas foram atendidas. Conforme o vice-prefeito Valmor Griebeler, no tratado anterior não houve esse cuidado e foi preciso esperar 20 anos para reclamar.
Durante um ano, se discutiu as melhorias necessárias com presença dos presidentes da Corsan, da Cacis, da câmara de vereadores e das associações de bairros.
A administração municipal fica responsável pelo recapeamento nos locais onde são abertos buracos para o conserto da rede. O serviço será pago com o repasse mensal feito pela Corsan ao Fundo Municipal. A alternativa garante a agilidade no conserto. “Pedimos R$ 1 milhão para recapeamento.”
Griebeler cita as prioridades arroladas no contrato como instalar a rede de água no loteamento às margens da Rota do Sol, onde serão construídas 250 casas populares e na Trans Santa Rita a fim de atrair empresas. Esses locais carecem de água, tratamento de esgoto e energia elétrica. “Queremos priorizar as áreas para onde a cidade está crescendo. E isso é para já.”
A Secretaria de Planejamento fica responsável por fiscalizar a atuação da Corsan. Se a companhia descumprir o acordado, o contrato pode ser rompido.
Tratamento de esgoto
Segundo o vice-prefeito, há uma perspectiva de gastar R$ 50 milhões para tratar o esgoto. A Corsan terá de buscar financiamento com o governo federal. Por isso prevê mais de cinco anos para se começar a trabalhar em saneamento.
A discussão durante quatro anos sobre a privatização do serviço protelou essa melhoria. “Até captar os recursos atrasará o investimento em esgoto.” Para ele, foi tempo perdido.
Por enquanto, cinco estações compactas dão conta do tratamento nos bairros Cristo rei, Jardim das Pedras, Centro, Imigrantes e Loteamento Popular.
Griebeler afirma que a renovação do contrato era certa, pois o município é incapaz de assumir essa responsabilidade, face ao custo alto de indenização e investimentos. “Teríamos que vender todos os nossos prédios.” Cita ainda que a água é um bem público e seria errado privatizar.
Afirma que Estrela tem a água de melhor qualidade no Estado, crédito do serviço prestado pela companhia e que deve ser reconhecido.