Amvat pressiona Estado a agilizar obras

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Amvat pressiona Estado a agilizar obras

Prefeitos cobram garantias do governo sobre pavimentação de acessos municipais

Vale do Taquari – Gestores das cidades associadas à Amvat debateram, em reunião mensal da entidade realizada ontem, o cronograma de obras estaduais. Os prefeitos querem empenho do governo na elaboração de projetos e na continuidade dos serviços de pavimentação asfáltica aos municípios do Vale.

03O encontro ocorreu na sede da entidade, em Estrela. Participaram, além dos prefeitos, o secretário estadual de Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Jorge Branco, e o diretor de Projetos Estratégicos e de Relação com os Municípios, João Davi Goergen.

Conforme informações do Daer, das nove obras de pavimentação dos acessos municipais previstas para serem concluídas ainda este ano, apenas duas estão prontas. Outras duas seguem paralisadas, duas em andamento e três sequer começaram.

Contratos antigos, muitos iniciados há mais de 15 anos, são o principal entrave. A condição, por exemplo, emperra o asfaltamento da ERS-421, no trecho entre Boqueirão do Leão e Sério. A obra está paralisada desde dezembro do ano passado, depois que o saldo contratual esgotou.

Cerca de 70% do cronograma foi concluído pela Construtura Giovanella. Mesmo caso ocorre no trecho entre Forquetinha e Sério, da mesma rodovia. Com o dinheiro restante, o serviço pode ser feito até o quilômetro, rentando 30% da obra.

De acordo com Goergen, são necessárias novas licitações, em ambos os casos, para concluir os serviços remanescentes. “Apesar de tudo, o Estado acena para soluções”, avalia. Segundo ele, os dois projetos estão em análise no Grupo Especial de Licitações.

Situação das rodovias

Pendências contratuais impedem o início das obras nos acessos a Capitão (ERS-482), Coqueiro Baixo (ERS-425) e Travesseiro (entre a VRS-811 e a VRS-311). Nas rodovias, inexiste previsão de conclusão.

Nos acessos aos municípios de Capitão e Coqueiro Baixo, o início trava em pendências com a Construtora Beter. No caso de Travesseiro, o problema está no contrato com a Construtora Conpasul, cujo trecho passa por repactuação.

Ligação entre Forquetinha e Canudos do Vale está praticamente concluída. O término depende de reajuste no projeto, devido a uma ponte existente no percurso. Seguem em andamento os serviços na ERS-433, em Relvado. Daer pretende concluir a obra até junho deste ano.

O asfaltamento das rodovias ERS-132, em Itapuca, e ERS-421, em Lajeado, está concluído.

Preocupação

Na reunião, o prefeito de Roca Sales, Nélio José Vuaden, aproveitou para defender a obra de ligação asfáltica da ERS-129, entre seu município e Colinas. Para ele, a ligação tem uma importância muito grande, pois vai alavancar o turismo, desenvolver a economia e aproximar municípios de diferentes regiões. A obra é um apelo dos moradores da região há mais de 40 anos.

De acordo com o prefeito, a pavimentação servirá como rota alternativa à ERS-130, aproximando a região alta do Vale do Taquari à serra, servindo como potencial turístico e de crescimento econômico da região e Estado. A estrada ligando os dois municípios possui cerca de 20 quilômetros de extensão, sendo que oito precisam ser asfaltados.

Municípios sem acesso

Conforme levantamento divulgado em dezembro pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), moradores de 128 municípios gaúchos vivem em locais sem acessos asfálticos.

Em 2011, o Estado tinha 104 obras de ligações municipais a serem feitas. Conforme o plano de obras do Governo do Estado, 35 delas estariam prontas até o fim de 2013. No entanto, apenas 13 foram finalizadas dentro do prazo, restando 91 trechos para este ano.

Em relação ao cronograma do Daer, 22 obras estão atrasadas, somando mais de 300 quilômetros. Das 92 obras de acesso asfáltico não concluídas, 21 estão paralisadas e 27 sequer foram iniciadas.

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