Dnit libera oito quilômetros da BR-386

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Dnit libera oito quilômetros da BR-386

Trecho duplicado será autorizado para tráfego a partir das 13h30min de hoje

Vale do Taquari – O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) autorizou, ontem, a liberação de oito quilômetros de estrada duplicada para o tráfego de veículos. A decisão foi tomada após reunião com agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Exigência pela sinalização definitiva determinou o acordo.

03Conforme o inspetor da PRF, Leandro Wachholz, o trânsito será liberado no trecho a partir das 13h30min. A autorização serve para o trajeto entre os quilômetros 362 e 370, na divisa entre os municípios de Bom Retiro do Sul e Fazenda Vilanova. Ele alerta para a necessidade de atenção por parte dos motoristas.

“Embora tenha sido liberado, ele permanece em obras, o que gera necessidade de atenção redobrada.” Para o inspetor, os pontos mais críticos ficam nos dois estreitamentos da rodovia – quando a pista fica dupla, e quando ela volta a ser simples. O início da parte duplicada é próximo ao trevo de acesso à localidade de Glória.

Mesmo com o trecho entre as duas cidades duplicado, os motoristas devem percorrer cerca de 1,5 mil metros com pista simples dentro dos oito quilômetros liberados. Isso porque parte da pista velha em Bom Retiro do Sul segue em manutenção desde o dia 31 de abril. Hoje, veículos já utilizam a nova pista para desviar das obras naquele local.

A PRF anuncia uma operação para orientar e direcionar os motoristas durante a tarde de hoje. Viaturas da corporação devem guiar os primeiros veículos que utilizarem o novo trecho duplicado, que vai do trevo da Glória até a antiga praça de pedágio.

Pouca movimentação na aldeia

Dos 33,8 quilômetros previstos para serem duplicados, só dois ainda aguardam autorização para início das obras. O motivo é o atraso na construção de uma nova aldeia indígena às margens da rodovia. Orçada em R$ 8,5 milhões, a construção de 29 moradias, de uma casa de artesanato, de uma escola e um centro de reuniões deveria ter iniciado em outubro de 2012.

O edital de licitação foi lançado pela primeira vez em maio. No entanto, o Dnit recuou ao receber a proposta única, orçada em R$ 10,5 milhões. Em novembro foi publicado novo edital, e só no início de dezembro foi publicada no Diário Oficial da União a homologação do contrato com o consórcio vencedor.

Mais de dois meses após a publicação, índios reclamam da pouca movimentação na aldeia. Apenas algumas estacas foram colocadas no local, demarcando áreas limites e faixa de domínio. Com previsão de dois anos para ser concluída, a construção da aldeia é hoje o único entrave para a conclusão das obras na rodovia.

O mais provável é a abertura de uma nova licitação para concluir os dois quilômetros restantes. Isso porque o consórcio das empresas Conpasul e Iccila adianta que, após finalizar os 31,8 quilômetros em maio, deixará o local das obras. Os empresários não querem esperar até 2015 para reiniciar os serviços no trecho em Estrela.

No próximo dia 15 de março, líderes regionais e empresários pretendem realizar uma manifestação próximo à aldeia. A intenção é chamar a atenção da Funai para a importância da obra. Muitos criticam a fundação pela ausência de representantes em negociações realizadas na região.

Previsão era liberar 22 quilômetros

A previsão inicial era liberar, até dia 18 de fevereiro. o trânsito de 22 quilômetros duplicados. De acordo com o Dnit, falta de sinalização, de asfalto em alguns trechos, terraplenagem e problemas na sinalização atrasaram a medida.

A intenção agora é permitir o tráfego nos 13 quilômetros restantes – do km 370 ao 383 – a partir do dia 12 de março. Nova reunião entre PRF e Dnit ocorre na próxima semana para avaliar a situação do trecho entre a antiga praça de pedágio e o viaduto em Tabaí.

Outros oito quilômetros da obra de R$ 180 milhões ainda permanecem em obras. São trechos entre Estrela e Bom Retiro do Sul. Há asfalto em alguns locais. A previsão das empresas responsáveis pelo serviço é finalizar a duplicação nesse trajeto até maio. A duplicação iniciou em novembro de 2010, e deveria ter sido concluída até o fim de 2013.

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