Comunidade pede audiência com Executivo

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Comunidade pede audiência com Executivo

Fim de estacionamento gerou protesto de comerciantes, topiqueiros e moradores

Lajeado – Mesmo com a decisão da administração municipal de flexibilizar o estacionamento na av. Senador Alberto Pasqualini, motoristas, comerciantes e moradores trancaram o trânsito por pouco mais de meia hora no fim da tarde de ontem.

Em torno de 50 pessoas integraram o protesto contra as mudanças impostas pelo governo. Os manifestantes partiram da esquina com a rua Arthur Bernardes e caminharam até a rótula de acesso à Univates.

02Hoje, o grupo pretende ingressar na Justiça com um pedido de liminar. Segundo os manifestantes, o Executivo descumpriu a lei ao não realizar uma audiência pública com os moradores. “Foi uma decisão de canetaço. Sem uma consulta aos cidadãos”, afirma o empresário Claudir Degasperi.

Além do fim das vagas de estacionamento na avenida, os moradores do bairro São Cristóvão reclamam do excesso de velocidade, a dificuldade dos pedestres atravessarem e a falta de planejamento antes das mudanças. Segundo Degasperi, nenhum estudo de viabilidade sobre as alterações foi divulgado pelo governo.

Estacionamento por horários não agradou

Na semana passada, o Executivo reviu posição. Por um período de seis meses, o estacionamento será proibido de segundas a sábados, entre as 6h e 9h, das 11h às 14h30min e das 17h às 20h, períodos com mais movimento.

Dono de um restaurante na avenida, Waldir Sebben, reclama da proibição nos horários próximo ao meio dia. “Os clientes não querem parar longe. Tivemos redução no movimento.” De acordo com ele, nas ruas laterais falta espaço para os carros. “Tem muitas garagens. Além disso, as pessoas não querem caminhar uma quadra para ir ao restaurante.”

Ex-morador do bairro, Silvério Majolo reforçou a manifestação. Por mais de 30 anos residiu no São Cristóvão. Para ele, a mudança atende apenas o trânsito. “Não pensaram no comércio do bairro.”

Parada na escola

Motoristas profissionais que levam estudantes para a escola Érico Veríssimo reforçaram o protesto. Para eles, o desembarque em ruas paralelas dificulta o trabalho, podendo provocar atrasos. “A gente tem de cumprir prazos”, diz Ederson Wasem.

Sobre a proposta de recuar três metros do muro da escola para abrir uma via exclusiva para embarque e desembarque avalia como correta. Por outro lado, na opinião dele, isso deveria ter sido feito antes de promover as mudanças. “Agora vamos esperar quanto tempo até regularizar isso?” questiona.

Governo elabora nota

Antes da manifestação, o secretário de Trânsito e Segurança Pública, Gérson Teixeira, chamou líderes do movimento para tentar impedir o protesto. Segundo ele, a iniciativa buscava resolver o impasse pelo diálogo. “O governo deu uma demonstração de boa vontade ao flexibilizar o estacionamento. Mas, infelizmente, isso não foi suficiente.”

Conforme Teixeira, hoje pela manhã, o governo municipal elabora uma nota oficial sobre a polêmica envolvendo as mudanças no trânsito da av. Alberto Pasqualini.

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