Lajeado – A disparidade entre preços do material escolar instiga consumidores a consultar antes das compras. Pesquisa em três papelarias aponta possível economia de até 15% no valor final. Um caderno de dez matérias da mesma marca é encontrado por R$ 23,40, R$ 24,90 e R$ 29,90 no centro da cidade.
Responsável por comprar os artigos para a irmã Luísa Mallmann, 6, Laís Mallmann, 18, se surpreendeu ao comparar os valores. Com as duas listas solicitadas pela escola privada, optou por analisar duas papelarias, uma em Lajeado e outra em Cruzeiro do Sul.
Esperava que a cruzeirense apresentasse preços altos devido à pouca concorrência local. Com a pesquisa de Lajeado em mãos, observou diferença de R$ 1,80 em uma tesoura da mesma marca. Em Cruzeiro do Sul custava R$ 5,95 e na papelaria lajeadense o preço alcançava R$ 7,75.
O valor dos estojos também assustou Laís. Em Lajeado encontrou opções por R$ 66, enquanto a cidade vizinha oferecia modelos superiores por R$ 25, quase 1% mais barato. “Tudo está muito caro.”
Para comprar a lancheira da irmã, resolveu comparar preços entre duas lojas lajeadenses. Em uma, encontrou o objeto no valor de R$ 60. Na outra, custava R$ 17,90. No fim da pesquisa, comprou os materiais na papelaria de Cruzeiro do Sul. Gastou R$ 180 no total e economizou cerca de R$ 70. A mochila ainda será adquirida, mas garante que não comprará em Lajeado.
Proibida cobrança de material coletivo
Escolas estão impedidas de exigir materiais escolares de uso coletivo. A lei federal nº 12.886/2013 determina a inclusão do custo desses materiais nas mensalidades e taxas existentes. Conforme a relatora do projeto, senadora Ana Rita, do Espírito Santo, a imposição é abusiva pela falta de transparência e por obrigar o estudante a financiar despesas cabíveis ao empresário. Órgãos de defesa do consumidor alertam pais para a regra. Outro cuidado é evitar os materiais com personagens, logotipos e acessórios licenciados. Em geral apresentam preço mais elevado. Também recomenda-se atentar aos prazos de validade dos produtos.
estado inicia aulas em fevereiro
O ano letivo na rede estadual inicia 24 de fevereiro e termina em 19 de dezembro. O recesso escolar de inverno ocorre entre 19 de julho e 3 de agosto. Na rede municipal, as aulas começam no dia 19 do próximo mês e encerram no mesmo dia das estaduais. As privadas oscilam o início entre os dias 17 e 24 de fevereiro.
O calendário cumpre carga horária mínima de 200 dias letivos e 800 horas de aulas no Ensino Fundamental e de mil horas no Ensino Médio. Não haverá férias durante a Copa do Mundo de futebol. Decretados feriados nacionais, os dias de jogos do Brasil deverão ser recuperados pelas redes de ensino.