Foco da dengue alerta para infestação

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Foco da dengue alerta para infestação

Mosquitos transmissores da doença foram encontrados há uma semana no Olarias

Lajeado – Calor, aliado ao período de chuvas, agrava o risco de infestações do mosquito Aedes aegypti na região. Ontem, agentes da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde confirmaram a existência de um foco do inseto transmissor da dengue, no bairro Olarias, às margens da BR-386. As amostras foram coletadas no local há uma semana. No total, o município controla 108 pontos estratégicos na cidade. De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Nilva Roman, a melhor forma de prevenir uma epidemia é evitar a proliferação do mosquito. Isso só será possível se as formas de propagação em ambiente natural forem eliminadas.

03Para a responsável, é preciso intensificar campanhas de prevenção, visto que no ano passado foram encontrados cinco focos do inseto na cidade. Biólogo coordenador da Vigilância Ambiental da Sesa, Fernando Diehl, enfatiza a necessidade da população se engajar no combate, evitando qualquer acúmulo de água parada.

Dessa forma, ele orienta a população a não acumular lixo que possa reter água, como garrafas, pneus, potes, copos, latas e outros recipientes, assim como tampar a caixa d’água, poços, latões e filtros, colocar areia nos vasos de flores e manter a piscina tratada com cloro.

O mosquito Aedes aegypti apenas é portados da dengue. Passa a transmitir a doença quando entra em contato com uma pessoa infectada e pica outro indivíduo

A cada ano o número de municípios contaminados pelo inseto aumenta no Rio Grande do Sul. Hoje, 118 cidades estão infestadas. Nesse quadro, se enquadram regiões que registraram focos do mosquito durante os últimos 12 meses. Ano passado, foram registrados 424 casos da doença, dos quais 229 são autóctones, ou seja, a pessoa foi infectada dentro do Estado.

Cinco focos em 2013

Em abril do ano passado, a Vigilância Sanitária de Lajeado encontrou cinco focos dentro dos 148 pontos monitorados quinzenalmente. Estavam nos bairros Montanha (rua Irmando Weischeimer), Americano (Praça do Papai Noel), Santo Antônio (creche municipal), Jardim do Cedro (rua João Francisco Schneider) e Bom Pastor (rua Pedro Theobaldo Breitenbach).

Depois disso não houve mais casos de Aedes aegypti em Lajeado e Teutônia, onde também foram encontrados focos. O trabalho das armadilhas continua em todas as cidades. Estrela tem 52 distribuídas nos 13 bairros, vistoriadas semanalmente.

Em Lajeado são feitas análises das larvas e os demais municípios encaminham ao Lacen. Quando é encontrada uma larva do mosquito transmissor da dengue, a Vigilância Sanitária realiza uma delimitação de foco num raio de 300 metros. Todas as casas e estabelecimentos comerciais ao redor são visitados para se fazer o controle e eliminação dos criadouros.

Fique atento

Sobre o mosquito: pernilongo escuro com listras brancas que tem por hábito picar durante o dia.

Como ele é infectado: o Aedes aegypti somente se infecta com o vírus da dengue ao picar uma pessoa com a doença Então o mosquito passa a transmitir o vírus.

Principais sintomas na dengue clássica: 99% das pessoas apresentam febre durante cerca de sete dias com início abrupto; 60% têm dor de cabeça frontal severa, dores nas articulações e músculos; 50% têm dor atrás dos olhos (retro-orbital); 50% têm prostação, indisposição, perda de apetite, náusea e vômitos e 25% têm manchas vermelhas no tórax e braços.

Diferença da dengue com resfriados e gripes: não apresenta sintomas respiratórios.

Tratamento: não há tratamento específico. Existem quatro tipos de vírus (Den 1, Den 2, Den 3 e Den 4). Pode-se adoecer por cada um dos vírus circulantes que está no mosquito, então, quatro vezes. Diante da mínima suspeita de dengue não utilizar medicamento à base de ácido acetil-salicílico. Beber bastante água e consulte um médico.

Dicas de prevenção

– Eliminar todos os possíveis locais onde a água pode se acumular, sobretudo em ambiente natual

– Usar telas nas janelas e portas para evitar que mosquitos entrem em casa

– Passar repelente diariamente em todo o corpo

– Ficar longe de locais onde possa haver água parada, mesmo que limpa, como nos rios e lagoas

– Usar roupas que cubram todo o corpo

– Caso veja água parada num local público ou particular, aparentemente abandonado, sendo esse um possível criadouro de mosquitos da dengue, informe a Vigilância Sanitária

– Ao suspeitar estar infectado com a dengue recomenda-se ir ao médico o mais rápido possível para que esse faça o diagnóstico e indique a melhor forma de tratamento.

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