Vale do Taquari – O primeiro encontro deste ano entre o Conselho Regional dos Pedágios (Corepe) e a EGR ocorre às 10h de hoje, na câmara de vereadores de Estrela. Na reunião, convocada por líderes regionais, são discutidas questões relacionadas a faixas de domínio, áreas não edificantes e à possibilidade de redução de velocidade ao longo das ERSs administradas pelo Estado.
A área de faixa de domínio é um dos principais pontos abordados. Ela é definida como a base física sobre a qual a rodovia é construída, e pertence à jurisdição do governo. Tudo que for construído nas proximidades da estrada precisa atender às delimitações da faixa. Sem isso, se torna inviável a emissão de licenças de funcionamento de empresas, por exemplo, ou a autorização para erguer um imóvel.
No último encontro de 2013, realizado em dezembro, integrantes do Corepe manifestaram a dificuldade do poder público em encontrar solução ao problema. “Temos cinco loteamentos populares às margens da rodovia estadual e transtornos estão se tornando recorrência”, argumentou o secretário de Planejamento de Estrela, Marco Wermann.
Reclamação semelhante tem o prefeito de Encantado, Paulo Costi. Entre outros problemas enfrentados no município, apontou que um empresário não consegue alvará de funcionamento por estar situado próximo à estrada.
Definições sobre a metragem da faixa de domínio na região devem ser apresentadas hoje pelo presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto.
No encontro anterior, antecipou que é feito um estudo sobre mudanças nessa área. Uma das alternativas cogitadas pela estatal seria a implantação de um novo modelo, único para todo o Estado. Mas cabe a cada um dos Corepes definir o preferível.
Restrição às lombadas
No fim de dezembro, a Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-VT) encaminhou ofício ao Corepe repudiando a instalação de lombadas eletrônicas nas rodovias estaduais. O documento foi remetido aos integrantes da entidade no conselho.
A CIC-VT se diz contrária ao controle eletrônico de velocidade com a atual máxima de 80km/h. Para a câmara, tal situação não obedece a critérios técnicos. Diz ser uma herança da década de 1970, quando se reduziu o limite para economizar combustível diante de crise mundial.
Defende que os controladores eletrônicos têm efeito limitado, pois só levam à redução no ponto onde instalados. No ofício, é destacado que o atual fluxo de veículos já impõe diminuição natural de velocidade.
A entidade também sugere mudanças. Em locais como acesso a escolas, rodovias secundárias com movimento expressivo, pede a colocação de quebra-molas. Como alternativa, a CIC pede a construção de vias de ultrapassagem (terceiras pistas) em alguns pontos de lentidão. Para isso, sugere a utilização do acostamento das rodovias. Diz que tem a mesma configuração da pista de rodagem, sendo fácil e pouco oneroso implementar o pedido.
R$ 1 milhão ao Samu
A empresa gaúcha investe R$ 1 milhão na compra de equipamentos e materiais para o Samu. O anúncio foi feito ontem, em Porto Alegre. Desde o fim das concessões, o atendimento de urgência é feito pelas equipes médicas do grupo, com apoio do Corpo de Bombeiros.
O número de veículos de resgate novos que serão repassados aos bombeiros também aumentou, de 28 para 31, além de três herdados de concessionárias. O edital de licitação para compra das viaturas foi lançado ontem. A medida foi anunciada no ano passado como resposta a ações do Ministério Público. Pelo convênio com os bombeiros, assinado em outubro, a EGR repassa mensalmente R$ 884 mil, por dois anos.
O Vale do Taquari receberá três ambulâncias, divididas entre os Bombeiros de Encantado, Lajeado e Estrela.
