Serviço do Samu duplica nas rodovias

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Serviço do Samu duplica nas rodovias

Vale solicita mais 8 ambulâncias para dar conta da maior demanda de atendimento

Vale do Taquari – Desde o fim do contrato com as concessionárias de pedágios, em abril de 2013, o número de atendimentos do Samu nas duas rodovias pedagiadas do Vale duplicou. Antes da saída da Sulvias, a média era de dez ocorrências por mês. Hoje, alcança 20.

01Ao todo, nos oito meses após a troca do modelo, o Samu atendeu 159 acidentes nas ERS-130 e ERS-453. “Isso interfere no serviço, pois algum paciente no município pode ficar sem o atendimento”, adverte a coordenadora do Samu no Vale, Rosana da Rosa Benovit. No período anterior, de janeiro a 16 de abril, foram 41 acidentes com necessidade de intervenção do serviço.

Segundo ela, quando a concessionária atuava no trecho, as colisões leves, sem vítimas em estado grave, eram atendidos pela equipe de socorristas das praças de pedágio. No período de atuação da empresa em 2013, os serviços de ambulância da Sulvias atenderam 709 pessoas nas cinco praças (incluindo as rodovias federais, hoje sem cobrança). A empresa oferecia quatro guinchos leves, um pesado e cinco ambulâncias.

A EGR assumiu as praças de Cruzeiro do Sul (ERS-453), Encantado (ERS-130) e Boa Vista do Sul (ERS-453) em junho. Na ocasião, a diretoria da estatal pretendia contratar uma empresa terceirizada para os serviços de guincho e ambulâncias. No entanto, houve revisão no modelo. A partir disso, estipulou-se um convênio com o Corpo de Bombeiros para repasse de ambulâncias. A assinatura ocorreu em novembro. Até então, nenhuma viatura foi repassada às corporações.

Conforme a estatal, a licitação atrasou devido a mudanças no tipo de veículos. O investimento se aproxima dos R$ 6,2 milhões para comprar 28 ambulâncias, outras três foram herdadas das concessionárias. Dessas, três virão para o Vale. A concorrência está prevista para este mês e a entrega das ambulâncias deve ocorrer em abril.

Incertezas na BR-386

Nas antigas praças de Marques de Souza e Fazenda Vilanova, os casos de acidentes na BR-386 ficam a cargo do Samu. Os atendimentos a acidentados triplicaram. No período do contrato, a média era de oito por mês. Agora passou para 24.

A Superintendência do Dnit no Estado não prevê a contratação de serviços de ambulância para atendimento no trecho na rodovia. Em um trecho de 50 quilômetros da BR-386, entre Fontoura Xavier e São José do Herval, o socorro em caso de acidente fica a cargo dos municípios.

Marques de Souza. Durante reunião da Associação dos Municípios do Vale do Taquari no ano passado, o prefeito Ricardo Kich afirmou que o Executivo não dispõe de ambulância equipada para atendimentos graves, nem médicos plantonistas. Na área urbana do município, estão 27 quilômetros da rodovia federal.

Os prédios das praças desativadas permanecem abandonados. Tanto em Marques de Souza como em Fazenda Vilanova, os locais sofrem com a ação de vândalos e servem de refúgio para andarilhos ou usuários de drogas.

Estima-se que 20 a 25 mil veículos passam nos trechos todos os dias. Quase a metade é de caminhão, ônibus e van. Em relação aos últimos seis anos, houve um aumento de 40% no tráfego pela BR-386.

Mais unidades

Para dar conta do aumento na procura pelo serviço do Samu, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Taquari (Consisa) oficializou pedido de mais oito unidades do Samu para a região. O Executivo estadual pediu adequações no texto. Conforme Rosana, não há uma data prevista para a chegada das novas ambulâncias.

As unidades serão encaminhadas para: Marques de Souza, Arroio do Meio, Fazenda Vilanova, Ilópolis, São José do Herval, Dois Lajeados, Boqueirão do Leão e uma avançada para Estrela.

Com o repasse, o Vale terá 14 ambulâncias do Samu.

O custo para manter as equipes médicas, motoristas e veículos é dividido entre as administrações municipais. O cálculo considera o total da população. São R$ 0,23 por habitante. Na região, as seis unidades custam cerca de R$ 250 mil por mês. Os governos estadual e federal repassam algo em torno dos R$ 190 mil.

Com as 14 unidades, o custo anual estimado alcança R$ 4,3 milhões. De acordo com o secretário-executivo do Consisa, Nilton Rolante, o Estado e a União devem pagar R$ 3,7 milhões. O restante depende de rateio entre os municípios da região.

Segundo ele, todos os Executivos mostraram interesse em entrar no consórcio. “Vamos fechar em breve com 100% de participação.” Além da participação no Samu, as cidades também repassariam R$ 0,26 por habitante como taxa administrativa da entidade.

Para o prefeito de Arroio do Meio e presidente da Amvat, Sidnei Eckert, esse é um tema que deve fazer parte das discussões da entidade. Segundo ele, o problema desde a troca do modelo de pedágios tende a ser resolvido com as novas unidades. “Queremos uma maior cobertura do Estado.”

A Secretaria Estadual da Saúde anunciou investimento no Samu. O governo projeta implantar mais 39 bases até o fim do ano.

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