Bebê abandonado ganha nova família

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Bebê abandonado ganha nova família

Recém-nascido encontrado em prédio está com casal lajeadense desde ontem

Lajeado – O primeiro casal na lista de adoção da Comarca de Lajeado está com o recém-nascido encontrado no saguão de um prédio, no bairro Montanha, dia 27 de dezembro de 2013. A criança saiu do abrigo ontem e está na casa dos pais adotivos. Eles aguardam o processo de adoção.

A sentença ocorre no prazo máximo de seis meses, conforme o juiz da Vara da Infância e da Juventude, Luís Antônio de Abreu Johnson. Depois disso, o bebê será registrado com o nome escolhido pelos pais, podendo ser alterado o primeiro nome já definido.

02O juiz solicitará um laudo do Hospital Bruno Born para definir a data aproximada do nascimento, que, segundo ele, fica em torno de três a cinco dias antes do abandono.

A família biológica não foi encontrada pela polícia e Conselho Tutelar e não se apresentou para dar o menino em adoção. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o menor tem direito a um lar, a ser acolhido em um ambiente familiar adequado. Por essa razão, Johnson determinou o seu desabrigamento. “Eu já dizia que o acolhimento no Trezentos de Gideon seria temporário, breve e excepcional.”

Sete anos à espera

O nome dos pais adotivos é mantido em sigilo pela Justiça a fim de preservar a integridade da criança, evitando a exposição desnecessária.

Eles esperavam por um recém-nascido há sete anos. Segundo Johnson, quando viram a entrevista concedida à emissora de televisão anunciando que o primeiro casal da fila teria o direito a adotar o menino, choraram, pois sabiam que eram eles. “Hoje, a mãe saiu do Fórum com a sensação de que saía da maternidade.”

Os dois participavam das reuniões do grupo de apoio à adoção que ocorre todas as primeiras segundas-feiras de cada mês.

Maternidade é incerta

O juizado esperou pelos pais biológicos desde o dia 30 de dezembro, quando o bebê foi encaminhado ao abrigo. Como ninguém se manifestou, Johnson considerou desnecessário mantê-lo na instituição.

Se a mãe biológica aparecer durante a tramitação do processo de adoção, terá o direito de se defender. “Mas a maternidade é incerta e ela passará por exame de DNA.” Da mesma forma ocorre com o pai.

Após a sentença de adoção, conforme o juiz, o processo para essa mãe será ainda mais complicado.

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