Simulador começa a operar fim do mês

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Simulador começa a operar fim do mês

Preço da carteira deve aumentar até R$ 250. CFCs aguardam entrega de aparelhos

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Vale do Taquari – Nove CFCs existentes na região se preparam para oferecer simuladores veiculares a partir do fim do mês. Os equipamentos, fornecidos por quatro empresas no país são exigência do Denatran desde o dia 1º, como complemento às aulas da categoria B.

03Em média, segundo estimativa de proprietários das autoescolas, a confecção da primeira CNH deve encarecer até R$ 250 devido à mudança. O custo mínimo da carteira no Estado é de R$ 1.113. Cada aparelho está avaliado entre R$ 38 mil e R$ 47 mil, e a manutenção mensal do software será de R$ 1,5 mil.

Além das 20 horas práticas, cada aluno precisará cumprir outras cinco aulas com meia hora de duração cada com o aparelho eletrônico. Ele recria até 26 situações, entre dirigir na chuva, fazer curvas fechadas e dirigir alcoolizado. O equipamento é uma espécie de carro, conectado a um computador. O procedimento será supervisionado pelo professor e monitorado por meio de câmeras de vídeo pelo Detran. Um relatório será emitido após cada encontro.

Em Teutônia, os dois centros preveem a chegada dos equipamentos entre os dias 20 e 25 deste mês, um para cada instituição. Conforme o diretor de um dos CFC do município, Valmir Schneider, a exigência de aulas com o equipamento é para processos abertos a partir de 1º de janeiro. “As pessoas que iniciaram as aulas em novembro ou dezembro não precisarão, pois vale as regras anteriores.”

No CFC, a hora aula custará R$ 47,06. Hoje, para fazer a carteira o investimento é de R$ 1.131 e terá adição de R$ 235, 30, com os treinamentos no simulador. De acordo com o diretor, esses são os valores praticados para este mês, mas em fevereiro haverá mudanças devido ao aumento.

Segundo Schneider, o equipamento possui pedais, freios, embreagem, câmbio para marchas, direção e pisca. Com isso, acredita o diretor, o futuro motorista terá conceitos básicos de condução, circulação em avenidas, curvas, estradas, regras de segurança e situações climáticas e de perigo. “O aluno estará mais seguro para sair na rua movimentada.”

O diretor de um CFC em Lajeado, Marcelo Delazeri, manifesta preocupação com o funcionamento do equipamento. Além da instalação do software, a empresa precisa passar por uma reformulação, tanto de funcionário para atender os clientes como a montagem de uma sala específica ao aparelho.

Entenda o equipamento

A proposta de implantar um sistema de simulação nos CFCs surgiu em 2008, como alternativa para diminuir o número de acidentes de trânsito com morte no país. A partir de 2010, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou protótipos, que foram desenvolvidos pela Fundação Certi.

– O simulador deverá servir como um equipamento complementar, não substituindo as aulas práticas. A previsão é que ocorram cinco aulas de 30 minutos.

– O aluno ficará exposto a situações de risco. O uso do aparelho também deve beneficiar pessoas traumatizadas, que podem treinar em um ambiente virtual antes de sair novamente às ruas. Estudos feitos no National Center Injury, instituto ligado ao governo dos Estados Unidos, comprovam que o uso pode reduzir em até 50% o número de acidentes nos primeiros dois anos.

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