Litoral norte recebe maioria dos veranistas

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Litoral norte recebe maioria dos veranistas

Praias entre Tramandaí e Torres são as preferidas. 50 mil veículos partem do Vale

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Estado – A “invasão” de veranistas do Vale do Taquari ao litoral norte gaúcho vai se repetir como de costume, principalmente nos balneários entre Tramandaí e Torres. A previsão da Polícia Rodoviária Federal é que mais de 50 mil veículos se dirijam da região ao litoral até o dia 31 de dezembro.

3Com o novo acesso à BR-290 (Freeway) pela recém-inaugurada Rodovia do Parque (BR-448), motoristas devem viajar com mais conforto até o litoral, distante cerca de 250 quilômetros da região. No sentido Porto Alegre – Praias, pagam dois pedágios de R$ 9,30 e R$ 4,30 na Freeway. A cobrança na BR-386 está suspensa desde abril.

Apesar do intenso movimento, restam algumas possibilidades de aluguéis para o Réveillon nas principais praias do litoral norte. A oferta superior a dez mil imóveis está quase toda preenchida, e novas oportunidades devem surgir só a partir do dia 3 de janeiro.. A maioria dos veranistas optou por antecipar o negócio. Quem fez isso, pagou mais barato.

De acordo com o gerente de uma das mais tradicionais imobiliárias de Capão da Canoa, Wilson Nunes da Mata, os preços das diárias variam de R$ 150 a até R$ 2 mil. Depende do tamanho e da localização. “Quanto mais próximo do mar, e quanto maior a tranquilidade, o preço sobe.”

Os preços são menores para apartamentos de um dormitório, localizados em praias como Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa e Torres. Os valores da diária variam entre R$ 150 e R$ 200. Com dois quartos, o custo para o veranista sobe, e pode chegar até R$ 250 ou R$ 300 por dia.

Apartamentos com três ou mais dormitórios custam entre R$ 300 e R$ 500 nas maiores cidades do litoral norte. Mas o preço sobe mesmo quando se trata de casas, principalmente as mais próximas ao mar. Em Xangri-lá há em torno de 200 imóveis desse tipo para alugar. A diária pode chegar a R$ 1 mil. Casas mais distantes da orla custam em torno de R$ 350 por dia.

O metro quadrado mais caro do litoral norte está no pequeno balneário de Atlântida, que pertence ao município de Xangri-lá. Com boas opções de festas, gastronomia, eventos e lazer, o veranista paga mais de R$ 2 mil por dia em alguns imóveis. “É a praia dos ricos”, define o corretor.

Mata atendeu diversos clientes do Vale do Taquari, a grande maioria de Lajeado, Encantado, Estrela, Teutônia e Arroio do Meio. “É comum recebermos visitantes dessa região. Posso afirmar que se tratam de clientes recorrentes.” O tempo de aluguel costuma variar entre sete e 15 dias.

Ônibus todos os dias para o litoral

A Expresso Azul detém os direitos sobre o transporte de veranistas do Vale do Taquari ao litoral norte. Desde quinta-feira, a empresa disponibiliza quatro itinerários, com 16 horários diferentes, sete dias por semana. A maioria parte da rodoviária de Lajeado.

Os preços variam de R$ 48,10 a R$ 64,65. A viagem pode durar entre 3 horas e 15 minutos, até Capão da Canoa, ou 4 horas e 30 minutos, até Torres. O tempo depende ainda do trajeto. Existem ônibus semidiretos e também aqueles chamados de “pinga-pinga”. A empresa Bento Transportes também realiza alguns itinerários.

De acordo com o gerente da Expresso Azul, Nestor Reckziegel, cada veículo leva em média 25 passageiros. O número costuma aumentar nos fins de semana. “Antigamente tinha mais movimento durante a semana. Hoje, a maioria prefere ir só na sexta-feira.”

Os itinerários das empresas têm como destino as praias de Arroio do Sal, Arroio Teixeira, Atlântida Sul, Capão da Canoa, Capão Novo, Imbé, Mariluz, Praia Real, Rainha do Mar, Rondinha, Torres, Tramandaí e Xangri-lá.

Empregos temporários

Além da tranquilidade da orla, os empregos temporários também são atrações para veranistas do litoral norte. Fernando Martins, 34, trabalha como garçom em restaurantes de Lajeado há mais de 15 anos. Por vezes o trabalho serve como “bico”. Mas na maioria do tempo, é seu emprego fixo.

Todo ano ele se programa para deixar o emprego em Lajeado para conseguir um “ganha-pão” em alguma praia do litoral norte. Por vezes, também se arrisca a ir para Santa Catarina. “Vale a pena, pois curto o verão e consigo me sustentar.” Assim como outras dezenas de trabalhadores, como construtores, corretores, pedreiros e vendedores, a praia também é sinônimo de bons lucros.

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