Câmara aguarda Justiça para definir sede

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Câmara aguarda Justiça para definir sede

Presidência retoma projeto de construir prédio na antiga praça Mário Lampert

Lajeado – O solo rochoso do terreno na Júlio de Castilhos, em frente à Praça da Matriz, dificulta a construção nova sede do Legislativo. Há 15 dias, o laudo foi entregue aos vereadores. Conforme o presidente, Sérgio Kniphoff (PT), o parecer reduz as possibilidades de construção no local.

4Assim volta a ideia de levantar a nova casa do parlamento lajeadense na rua Júlio May, na antiga praça Mário Lampert. Moradores entraram na Justiça contra a obra no local. As alegações envolvem a probabilidade de danos em um prédio na esquina com a av. Benjamin Constant devido à detonação de rochas, retirada de árvores e obstrução da luz do sol que chega aos apartamentos.

Tanto o Judiciário de Lajeado como o do Estado deram ganho de causa à câmara de vereadores. Os moradores entraram com recurso. O pedido de embargo de declaração deve ser avaliado nas próximas semanas. Caso não haja reversão do julgamento, os moradores podem levar o processo ao Supremo Tribunal de Justiça, em Brasília. O processo entre Legislativo e moradores dura cinco anos.

A câmara funciona em salas alugadas no Genez Work & Shop. O custo mensal alcança R$ 10 mil. De acordo com Kniphoff, como os trâmites para construção na antiga praça Mário Lampert foram definidos, inclusive com aprovação do projeto arquitetônico pelos vereadores, teriam mais facilidade para início da obra. “Como presidente, desejo conseguir encaminhar a nova sede para começo da construção em 2014”, ressalta.

Sete tentativas e volta ao original

A construção da sede do Legislativo é discutida desde 2005. A primeira opção foi erguer o prédio na rua Júlio May, o que aparece como o mais possível hoje, afirma Kniphoff. Pelo projeto, feito pela Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Taquari (Seavat), a nova câmara teria três andares e ocuparia uma área de 4.248 metros quadrados. O custo estimado supera R$ 4 milhões.

Os vereadores cogitaram a compra de três andares no Genez Work & Shop. Mas a negociação, avaliada em R$ 3 milhões, não evoluiu. Depois, estudaram a aquisição do antigo prédio dos Correios, ao lado do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), também um convênio com o Lions Club Lajeado para dividir um novo prédio, além da compra da sede da Acvat.

Em 2011, a presidência do Legislativo apresentou proposta para comprar o imóvel da Igreja Evangélica, na esquina da João Abott com a Marechal Deodoro. Em agosto, uma suspeita de superfaturamento no preço do imóvel provocou a rejeição do projeto.

Neste ano, após negociação com o Executivo, a câmara recebeu o terreno na rua Júlio de Castilhos. A devolução de R$ 800 mil do orçamento do Legislativo garantiu o repasse da área. A negociação envolveu as secretarias de Educação e de Saúde. Com o dinheiro, o governo pretende investir na abertura de mais vagas em creches, ampliação de salas e para exames de alta complexidade.

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