Vale do Taquari – A euforia provocada pelas festas de fim de ano exige atenção dos consumidores. O recebimento do 13º salário, que poderia incrementar a renda nesta época de compras e presentes, está comprometido para 62% dos brasileiros, que aproveitam o valor para quitar dívidas. Especialista alerta para programação antecipada e planejamento financeiro nas famílias para não aumentar o grau de endividamento.
Segundo o especialista em consumo Dori Boucault, quando receber o dinheiro, a dica é reunir todos os integrantes que contribuem financeiramente na família e analisar as dívidas atuais e futuras. Ele aconselha que deixar as crianças participarem da reunião é uma boa ideia. Desde pequeno ter uma noção de poupança é sempre interessante.
Bocault aconselha não se entusiasmar com o 13° salário. Ele pede para não encarar o valor como um benefício, e sim como direito. Este é um bom passo para uma boa administração. Quando as dívidas são colocadas na ponta do lápis, dificilmente haverá surpresa.
Ele afirma que pagar as dívidas mais altas como cheque especial e cartão de crédito primeiro é uma boa solução para usar o dinheiro de maneira consciente. Segundo Bocault, quando temos a consciência daquilo que temos ou não possibilidade financeiras de fazer, os imprevistos são menores.
Brasileiro deve demais
O especialista revela que mais da metade da população está endividada, e outros 30% estão superendividados. Este últimos são aqueles que já entraram no cartão de crédito, cheque especial e agiota.
Ele diz que nestes casos a melhor coisa é tentar negociações com as empresas, ir em feiras do setor e tentar ao máximo uma melhor solução. Bocault afirma que usar o 13° nestes caso é uma boa solução, porém, deve sempre excluir a possibilidade de pagar o mínimo. Isto é pagar apenas juros.
Outra solução, mas que é pouco feita pelos brasileiros, é a poupar. Ele revela que hoje o número de pessoas que guarda dinheiro não ultrapassa 10%. Ultrapassar os três primeiros meses no azul é a pior parte.
Ele revela que as dívidas de começo de ano como matricula no colégio, uniforme, mensalidade de clubes e outras complicam muito o orçamentos anual. Segundo o especialista, este são os pontos que devem ser programados para não haver problemas durante o ano.
Menos presentes no Natal
O levantamento revela que caiu de 2% o total de pessoas que vão usar o dinheiro para compras de presentes. Sobre como o 13° vai ser usado nas compras de presentes, a Anefac revela que 74% dos entrevistados vão comprar celulares, 70% roupas e 68% escolheram destinar para compra de eletroeletrônicos em geral.
A pesquisa mostrou que 81% dos entrevistados devem usar o cartão de crédito para as compras de Natal. Segundo o Dieese, o valor de R$ 143 bilhões representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
O valor será pago aos trabalhadores formais, empregados domésticos, beneficiários da Previdência Social e para os aposentados e beneficiários da pensão da União e dos estados. Mais de 82 milhões de brasileiros vão receber em média um adicional de R$ 1,663,87.