HBB cria nova proposta para emergência

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HBB cria nova proposta para emergência

Direção da instituição resiste à incorporação de médico pago pelo município

Lajeado – Governo municipal e a diretoria do Hospital Bruno Born (HBB) voltaram a debater o atendimento na emergência. O encontro ocorreu na manhã de ontem. Em outubro, a instituição sinalizou a possibilidade de encerrar as consultas eletivas no setor, até o dia 6 de janeiro, devido ao déficit financeiro frente à demanda de consultas.

A Secretaria de Saúde (Sesa) apresentou uma proposta de fornecer um médico e um enfermeiro para trabalhar nos sábados e domingos até a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Estes profissionais ficariam com os casos menos graves.

eA preocupação do hospital, conforme o diretor-técnico Cláudio Klein, é de aumento na procura pelo atendimento na Emergência. Para ele, o ideal seria a abertura do posto de saúde do bairro Montanha durante os fins de semana.

Klein atesta vontade da direção do HBB em chegar a um acordo com o município. “Vamos montar uma nova proposta.” Na próxima semana, uma nova reunião deve ocorrer. Pelo convênio atual, o município repassa R$ 198 mil por mês. O recurso é destinado para atendimento de urgência e emergência 24 horas por dia, sete dias da semana, incluindo algumas especialidades como traumato ortopedia, entre outras.

Pelo ofício encaminhado ao Ministério Público (MP) e ao governo municipal, há quatro meses, o HBB pretende qualificar a equipe plantonista. Segundo Klein, cerca de 70% dos atendimentos na emergência poderiam ser solucionados nos postos de saúde.

Esse excesso de consultas pode acarretar em falhas no atendimento, acredita. A média mensal no setor chega a 3,6 mil. Neste ano, o pico chegou a 180 em um mesmo dia. Em 2012, foram 39,5 mil no total, dos quais 80% pacientes de Lajeado.

Possibilidade remota

A abertura do posto do bairro Montanha nos fins de semana é uma das alternativas pouco provável. Para o secretário da Sesa, Glademir Schwingel, essa ideia não é preferencial por necessitar de uma equipe maior do que o reforço na emergência do HBB, o que geraria custos elevados.

O secretário concorda com a necessidade de maior conscientização das pessoas quanto à procura pelo atendimento na emergência. Para ele, restringir a entrada dos pacientes destoa da obrigação de uma instituição filantrópica. “Ao fechar, arriscam ter gente morrendo na porta do hospital. E ninguém quer isso.”

A respeito do aumento nas consultas caso haja o encaminhamento de mais um médico nos fins de semana, discorda do parecer do HBB. Segundo Schwingel, com a chegada do verão, a tendência é queda nas consultas médicas.

Abertura da UPA sem previsão

O governo de Lajeado aguarda até o dia 29 deste mês a posição dos municípios da região quanto ao convênio para atendimento na UPA. Pelos cálculos, o custo de manutenção da unidade ultrapassa R$ 600 mil mensais.

O Ministério da Saúde (MS) participa com até R$ 175 mil e o Estado com R$ 87,5 mil nos primeiros seis meses. Com isso, os municípios deveriam ratear um valor de quase R$ 400 mil. Com a resposta dos Executivos locais, a Sesa inicia o cálculo para a abertura da UPA.

Schwingel prefere não estabelecer prazos. “Será em 2014.”

A UPA

A construção da unidade foi paga com recursos federais, estaduais e municipais, totalizando R$ 4 milhões. Com 1.212 metros quadrados de área construída, terá capacidade para 300 atendimento por dia, inclusive de emergência, dispondo de médicos clínico-gerais e pediatras.

Todo o trabalho estará interligado por sistema informatizado com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e aos postos de saúde. O serviço desafogará o posto do bairro Montanha e Ponto Socorro, visto que fará o primeiro atendimento e, se for o caso, encaminhará para os hospitais da região.

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