Teutônia – Empresa BR Sul Redes, instalada na Avenida Um Leste, aplicou golpes em pelo menos 40 estabelecimentos comerciais. Rombo chega a R$ 1,2 milhão. Nesta semana, o delegado Mauro Mallmann pediu prisão preventiva de quatro envolvidos. A empresa comprava materiais e serviços, não pagava e desviava equipamentos alugados. Proprietário e indiciados fugiram da cidade.
As vítimas são de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Os estelionatários compravam mediante pagamento com boleto bancário ou cheque pré-datado, que nunca foram quitados. As compras foram efetuadas em agosto, setembro e outubro. O Sistema de Proteção ao Crédito registrou 33 cheques devolvidos em nome da BR Sul.
Empresa está em nome de Rogério Silva da Costa, um dos envolvidos. A companheira Silvia Morais Nunes, Alberto Gritti e João Batista Baltazar também fazem parte do esquema. O grupo será indiciado por associação criminosa, apropriação indébita e estelionato. As vítimas eram abordadas, principalmente, em feiras empresariais.
Foram comprados inseticidas, papel higiênico, energéticos, telhas, adubos, divisórias e locadas empilhadeiras e mini carregadeiras. Produtos eram encaminhados para um depósito na rua 17 de Junho, no Bairro Canabarro. A maior parte era retirada por um caminhão nas fábricas.
Após visita da polícia ao depósito no início de outubro, um caminhão retirou as paletas e empilhadeira do local em um caminhão. Vizinhos denunciaram a movimentação durante a noite. Na sede, no Centro Administrativo, que estava fechada, foram apreendidos boletos e extratos bancários.
A investigação
O caso começou a ser investigado em outubro quando uma locadora de máquinas, registrou o desaparecimento de uma empilhadeira. A máquina não estava no local indicado e levantou suspeita. Rogério informou endereço em Canoas, não procedente. Pressionado pela ameaça de registro na polícia, devolveu o equipamento.
Em seguida, um empresário do ramo de malhas, cancelou três cheques por não ter recebido a mercadoria prometida. Os investigadores fizeram buscas nos locais indicados, sem encontrar o proprietário. A partir de então, outras 20 empresas registraram ocorrência na DP de Teutônia.
Pelo menos outras 20 entraram em contato e farão o mesmo, porém em suas localidades. Documentos serão anexados ao inquérito encaminhado ao Ministério Público. João e Alberto tinham em sua ficha criminal registro por estelionato. Caso sejam condenados, somadas as penas dos crimes, os envolvidos podem pegar mais de dez anos de prisão.