Furtos despertam preocupação de lojistas

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Furtos despertam preocupação de lojistas

Pouco policiamento nas ruas e maior movimento no comércio encorajam ladrões

Lajeado – A audácia de criminosos surpreende lojistas. Na sexta-feira passada, em uma loja de confecções infantis na Júlio de Castilhos, duas mulheres, se passando por clientes, furtaram calças e camisetas. Um prejuízo calculado em R$ 1 mil.

Toda a ação foi flagrada pelas câmeras de vigilância. A dupla estava sendo atendida por uma vendedora. Outra funcionária estava no balcão, organizando algumas peças de roupa. Mas nada disso intimidou as mulheres. Enquanto pediam algum modelo específico, disfarçavam e colocavam os produtos nas bolsas.

rA proprietária da loja ficou surpresa. Conta que perceberam o prejuízo no momento de guardar os itens. “Vimos que havia sumido algumas calças e uma pilha de camisetas que estava em uma estante.”

Ao verificarem as filmagens, viram a ação das criminosas. “No momento não desconfiamos. Nunca atenderemos um cliente pensando que ele é um ladrão.” Uma das vendedoras lembra que estranhou o fato de as mulheres terem feitos vários pedidos e nada compraram.

Em um momento, queriam roupas para bebês, depois para crianças com mais de 5 anos. Diante dos pedidos, a funcionária precisava buscar os produtos no estoque. Quando saíram, demonstraram um certo nervosismo, pois a porta do estabelecimento fica fechada. “Vocês deixarão a gente sair? Me perguntou uma delas”, lembra a vendedora.

As duas ficaram por cerca de 15 minutos na loja. A proprietária, após perceber o furto, ligou para a Brigada Militar. Segundo ela, os policiais tinham as características das mulheres. “Disseram que elas estavam roubando em outras lojas no centro.”

Na mesma rua, duas lojas abaixo, as câmeras também flagraram furto de bermudas masculinas. No primeiro, registrado no dia 21 de outubro, um homem pega quatro peças e sai correndo. Uma mulher percebe e chama as funcionárias.

No início deste mês, no dia 5, três homens de bicicleta passam pelo local e levaram outras cinco peças. Um prejuízo estimado em R$ 450. No estabelecimento, além das câmeras, também há um fiscal e sistema de alarme com botão de pânico.

Menos policiais nas ruas

Com a operação Golfinho, o número de brigadianos na cidade diminui. De acordo com o comandante do 22º Batalhão de Policiamento Militar (BPM), major Ivan Urquia, isso interfere na rotina do trabalho dos órgãos de segurança.

Até o fim de outubro, havia a patrulha comercial. Das 8h às 20h, dois policiais ficavam responsável pelo centro. Com a saída de oito soldados para treinamento da operação no litoral, esse efetivo foi incorporado à fiscalização em todo o município.

A previsão, conforme o oficial, é que na metade deste mês, a primeira turma volte ao batalhão. Em seguida, outros policiais fazem o treinamento.

A operação Golfinho começa na metade de dezembro. Saem da cidade cerca de 16 brigadianos, e o retorno está previsto para o fim do veraneio, em março. O major ressalta que isso ocorre todos os anos. “Não é só Lajeado que perde policiais. São quase todas as cidades do estado.”

Para Urquia, além das medidas de segurança, como instalação de câmeras, grades nas vitrinas, alarmes, também devem ser pensadas medidas socioeducativas. “A drogadição contribui no aumento desses índices.”

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