Polícia comunitária começa em novembro

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Polícia comunitária começa em novembro

Vinte e quatro policiais atuarão na prevenção de crimes em seis núcleos na cidade

Lajeado – Governo do estado e administração municipal finalizam convênio para a instalação do Programa de Policiamento Comunitário na cidade. Cinco núcleos da Brigada Militar (BM) e um da Polícia Civil (PC) começam a funcionar em novembro. Investimento passa de R$ 500 mil.

De acordo com o secretário de Segurança, Gérson Teixeira, cada agrupamento terá quatro policiais, totalizando 24 servidores, e deve atender a uma área de até dez mil habitantes.

pNas próximas semanas, devem ser fornecidas ao Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) seis viaturas novas para atender ao projeto e equipamentos de uso individual, como pistola, colete à prova de bala e bicicletas.

O município debate com o comando da BM e da PC quais serão os policiais e a área de atendimento. O projeto prevê a inserção de núcleos em locais específicos, podendo abranger um ou mais bairros.

Está acordado, de forma verbal, que um deles será bairro Santo André e outro no Santo Antônio. Teixeira enviou ao estado, nos últimos dias, a relação de 19 policiais da região para atender ao projeto.

Os policiais de cada núcleo não terão sede fixa. A proposta, conforme o comandante do CRPO, tenente-coronel Álvaro de Medeiros, é integrar os servidores a realidade comunitária.

Passarão o dia, conversando com líderes locais, moradores e visitando entidades, além de atender aos casos de repressão. “Assim conseguiremos ser incisivos na prevenção de crimes.”

Segundo Medeiros, é preciso que esses servidores se fixem na região e conheçam a realidade local. Para isso, na quinta-feira, a câmara de vereadores da cidade aprovou um auxílio moradia de R$ 600 para cada policial. Será um “bônus” além do subsídio que os servidores recebem do governo, destaca o comandante.

Antes de ir às ruas, o policiamento passará por um curso de 40 horas/aula de capacitação. A atividade será ministrada no comando regional e ocorre em outubro. Para que o projeto entre em vigor é necessária a criação de uma lei estadual e sanção do governador.

Para a delegada Regional de Polícia, o maior benefício do programa é a aproximação entre a polícia e a comunidade dos bairros. A unidade da PC trabalhará em conjunto com as unidades da BM em todos os bairros.

Mais efetivo

A transferência de policiais do Vale para atender ao projeto preocupa líderes regionais. A principal observação é sobre o pouco efetivo. A defasagem no número de policiais chega a 30% nos 38 municípios atendidos pelo CRPO.

A situação se agrava a cada ano com aposentadorias e o ingresso de poucos brigadianos. O básico, para Madeiros, seria repor o mesma quantidade daqueles que saem, o que não ocorre. Mas manter o quadro é insuficiente. De acordo com o oficial, o efetivo deve acompanhar o crescimento da região e da complexidade das relações sociais.

Para suprir o déficit, é necessária a abertura de cargos por parte do governo estadual. Na medida que isso ocorre, o CRPO trabalha para que os inscritos sejam transferidos para o Vale e concluam os estudos na região. “Se eles estudarem aqui, podemos incentivar sua permanência e evitar, o que ocorre muito, de os jovens pedir transferência.”

A Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) reconhece que a demanda por mais soldados é uma realidade da maioria dos municípios gaúchos.

Saiba mais

A primeira cidade gaúcha que recebeu o policiamento comunitário foi Caxias do Sul. O serviço é realizado em mais 14 cidades. No município, foi implantado em março de 2012 e apresenta resultados.

Os indicadores de furto de veículo apresentaram redução de 24%, arrombamentos à residência diminuíram em 36% e roubo a pedestre, 18%. Conta com mais de dez núcleos.

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