Prefeito quer devolver rodovias ao Daer

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Prefeito quer devolver rodovias ao Daer

Autarquia analisa se reassume trecho urbano de 3,1 quilômetros das ERSs 421 e 424

Forquetinha – Sem dinheiro para investir na infraestrutura das ERSs 421 e 424, a administração municipal propõe devolver o domínio das rodovias ao Daer.

As trocas ocorreram em 2005 e 2008, respectivamente, durante uma parceria entre o Executivo e governo estadual para pavimentar as vias. A proposta foi feita há duas semanas e depende de aprovação do órgão.

pO principal argumento do prefeito Waldemar Laurindo Richter é a falta de recursos para melhorar a trafegabilidade nos trechos. Um dos principais problemas é a ponte de ferro sobre o Arroio Alegre na ERS-424.

Ela foi construída em 2001, no primeiro ano de administração do município, pelo Exército para servir de travessia provisória até Canudos do Vale e Boqueirão do Leão. A estrutura permanece e demanda altos custos de manutenção por parte da administração municipal.

A base é feita de ferro, mas a pista é de madeira. As tábuas soltas e buracos atrapalham a travessia e colocam motoristas e pedestres em risco. Passam mais de cem veículos por dia no local.

De acordo com o Executivo, a ligação é importante para o escoamento da produção e desenvolvimento dos municípios vizinhos. “Mas não temos dinheiro para fazer uma nova e devolvemos aos estado para que faça o investimento”, destaca o prefeito.

Outra via é a ERS-421, denominada de Av. Martin Luther, que liga o município a Sério. O trecho tem 2,4 quilômetros e é a principal estrada urbana.

Um dos impactos com a mudança será no policiamento. As autuações de trânsito serão de responsabilidade do comando rodoviário da Brigada Militar, no caso a Polícia Rodoviária Estadual de Cruzeiro do Sul (PRE). A direção estadual do Daer não confirmou se aceitará a mudança.

Dívidas permanecem

A família de Sônia Kern, 59, reside desde 1984 nas proximidades da ponte de ferro. Enquanto o Exército construía uma ponte provisória, carros atravessaram por dentro do arroio. Mas quando o nível da água aumentava, era preciso contornar a cidade pela ponte de Bauereck.

A distância até o centro se tornava cerca de dez quilômetros maior. Sônia relata os constantes problemas em manutenção da ponte. “Além de ser estreita, as madeiras estão soltas e podem resultar em graves acidentes.”

Para ela, o ideal seria a construção de uma nova ponte, facilitando o tráfego de veículos. O proponente das trocas de domínio foi o ex-prefeito Lauri Gisch.

Na sua gestão, as ruas centrais foram pavimentadas por meio de uma parceria entre a administração municipal e moradores. A comunidade ficou responsável de custear parte do investimento.

Para a família de Sônia, o valor foi de R$ 6 mil. Mas como eles desconheciam a dívida, as parcelas chegaram a R$ 12 mil no início desse ano. Pagam mensalmente e tem até 2015 para quitar.

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