Estrela – Os problemas enfrentados pelos motoristas nas vias municipais motivam a sociedade a agir. A falta de locais para estacionar, os engarrafamentos em horário de pico e o alto número de acidentes são alguns dos percalços. Voluntários elaboram estudo e sugerem mudanças em alguns locais.
Organizador do grupo, o vereador Gerson da Silva (PT), ressalta a participação da comunidade. Segundo ele, a equipe formada por engenheiros e arquitetos, auxilia na produção do documento.
Nas próximas semanas, se iniciam a classificação sobre cada um dos locais problemáticos. O levantamento envolve alteração no sentido de algumas ruas, na preferencial em rótulas e colocação de redutores de velocidade na Av. Rio Branco, nas proximidades da rodoviária.
Com os dados, o grupo pretende montar um projeto para apresentar ao governo. Conforme o coordenador do Departamento Municipal de Trânsito (Detram), Arcelino Mädke, algumas atitudes começam nos próximos meses. Na área central, próximo da prefeitura e da Praça da Matriz, serão instaladas placas de estacionamento de 15 minutos.
Em fevereiro, as 14 faixas com fiscalização eletrônica foram retiradas após o fim do contrato com a empresa. Um dos bairros mais populosos, o Boa União, está no topo das preocupações. Na rua João Lino Braun, a rótula no local é confusa devido ao fluxo intenso de caminhões vindos da ERS-453, a Rota do Sol, há dificuldade de automóveis ingressarem na via.
“A buraqueira está terrível”
A estrelense Arlete Erichsen, 23, tem a habilitação há quatro anos. Diz que a espera pode chegar a quase 15 minutos na rótula da Av. Rio Branco. Outro problema citado por Arlete são as condições do asfalto. “A buraqueira está terrível (sic).”
Natural de Três Passos, Evandro Ninu, 36, mora na cidade há 20 anos. Segundo ele, no início da manhã e da tarde o movimento na Av. Rio Branco provoca filas. O congestionamento se estende da entrada do bairro Boa União até o Centro. Motorista há 13 anos, surpreende-se com a quantidade de veículos. “Tem quase mais carro do que gente”, diz.
Conforme o Detram, são cerca de 22 mil veículos na cidade. São 69 para cada grupo de cem habitantes. Entre os 36 município do Vale, é o segundo no total de motorização.
Atendente de um mercado, Camila Luíza de Freitas, 29, enfrenta diariamente o engarrafamento. Para ela, a desatenção dos motoristas, desrespeito às sinalizações e excesso de velocidade agravam a situação. “Quando param na faixa de segurança, os detrás vêm e batem na traseira.”
Proprietário de uma farmácia na Av. Rio Branco, Astor Lansing, 47, reforça essa desatenção dos motoristas. Segundo ele, muitos condutores desrespeitam a preferêncial na rótula.
Acidentes com danos materiais são frequentes. Lansing observa conversões em locais proibidos e presencia acidentes semanais. Conta que em dias de chuva a situação é caótica. Os carros tomam conta da rua, diz.
Mais de um acidente por dia
A Brigada Militar (BM) registra uma média de 1,4 acidentes por dia. Levantamento publicado pelo A Hora em junho, mostram que foram 187 ocorrências de janeiro até o fim de maio. A maioria é colisão com danos materiais, com lesões foram 64. Nenhuma morte foi registrada. No mesmo período de 2012, a Brigada Militar (BM) registrou 182. Na área central acontecem a maioria das ocorrências.