Polícia salva onze cães enterrados vivos

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Polícia salva onze cães enterrados vivos

Animais recém-nascidos foram encontrados no pátio de uma residência após denúncia

Encantado – Dois soldados da Brigada Militar (BM) resgataram 11 cachorros recém-nascidos na manhã dessa sexta-feira. Os animais foram enterrados vivos por uma família no quintal da residência, no bairro Lambari. Os responsáveis devem ser indiciados pelo crime de maus-tratos.

Vira-latas, os filhotes e a mãe foram recolhidos pela Associação Encantadense de Defesa dos Animais (Aeda), na Travessa Fidêncio Nardini, 34, no bairro Vila Moça. Conforme a entidade, a cadela está desnutrida e um pouco agressiva em função das agressões que recebeu e com o intuito de proteger os recém-nascidos. Interessados podem entrar em contato com a ONG pelo e-mail atendimento@aedaencantado.com.br

A polícia chegou ao local às 10h após denúncia por meio de um telefonema. De acordo com o sargento Nilson Friedrich, ao chegar na residência a cadela foi avistada. Em seguida os donos, uma mulher de 46 anos e um homem de 49 foram encontrados.

Eles informaram que tentaram doar os animais, mas eles acabaram morrendo. Depois, os enterraram em uma cova de 50 centímetros de profundidade nos fundos da casa. “Pedimos para abrirem o buraco e, enquanto faziam isso, ouvíamos os animais berrando,” destaca Friedrich.

O casal e o filho de 22 anos, que dormia quando a polícia chegou, foram levados à Delegacia de Polícia. Acompanhada pelo advogado, a família diz que se manifestará apenas em audiência.

Na próxima semana, um Termo Circunstanciado é enviado ao Fórum, para que os três respondam por maus-tratos aos animais. Pela pena máxima ser inferior a dois anos, a Friedrich prevê a conversão do crime em multa ou prestação de serviços comunitários.

Problema é recorrente

Desde a realização da 1ª Caminhada em Defesa dos Animais, em março, donos de animais e parte da população reivindicam a construção de um abrigo municipal. Um repasse mensal para tratar os animais e dar atendimento médico-veterinário, castração e esterilização quando necessário, antes de encaminhá-los para adoção, também é exigido.

A administração municipal alega falta de recursos para investir num abrigo. Campanhas de vacinação ou alguma solução não foram discutidas desde as reivindicações.

O município mantém convênio com um petshop particular. Todo mês são repassados R$ 1,7 mil para cuidados com animais abandonados. Animais encaminhados por donos não são acolhidos.

A maior parte dos bichos vai para a Aeda, formada e mantida por trabalho voluntariado. Desde 2011 a entidade não recebe auxílio municipal. São 47 cães e 25 gatos. A presidente, Salete dos Santos Ferreira, cita o pedido por uma campanha de castração em massa como amenização do problema.

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