Bombeiros aguardam laudo sobre prédio

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Bombeiros aguardam laudo sobre prédio

Após incêndio, a reabertura de quatro lojas pode ocorrer entre hoje ou amanhã

Lajeado – O incêndio na Casa Americana, no centro, nessa segunda-feira, provocou a interdição de outras quatro lojas. A reabertura depende da apresentação de laudo mostrando as condições da estrutural do prédio.

Nessa terça-feira, um documento preliminar foi entregue ao comandante dos bombeiros de Lajeado, capitão Cássio Conzatti. Segundo ele, houve alguns danos em paredes e piso. Como o fogo ficou contido no estoque da loja, as demais não tiveram prejuízos.

A liberação depende de nova análise. O oficial espera receber esses apontamentos hoje. Após isso, a reabertura dos quatro estabelecimentos deve ser confirmada entre a tarde de hoje ou na sexta-feira, diz.

Ontem, empresários e o arquiteto André Kieling estiveram no local. Conforme o profissional, as lojas no entorno da Casa Americana não sofreram danos. Hoje de manhã, farão nova reunião sobre as medidas necessárias para atender os requisitos impostos no Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI).

Mais de 30 trabalhadores parados

Os proprietários das quatro lojas interditadas após o incêndio na Casa Americana cobram agilidade na liberação. São pelo menos 30 funcionários parados. Todos comissionados. “O prejuízo é nosso e também dos funcionários”, alerta um dos empresários.

Reclamam de descaso por parte da prefeitura. “Fomos mal atendidos ao reivindicarmos um engenheiro para realizar o laudo.” O desentendimento ocorreu com o assessor jurídico do município, Edson Kober.

Eles reclamam do isolamento feito na calçada em frente às lojas. “Parece que houve uma tragédia e com vítimas. Tenho receio que isso espante clientes”, diz o proprietário de uma das lojas.

A crítica às fitas colocadas em frente ao comércio é unânime entre os empresários. “A impressão é que os prédios estão prestes a cair. E o laudo garante que nada sofreram na estrutura.”

Segundo a gerente de uma loja de roupas infantis, Cláudia Ely, não houve danos aos produtos e a estrutura da loja. “O incêndio foi na rua lateral, não tem motivo para interditar nossa loja. Nem cheiro de queimado tem aqui dentro.”

A administração não emite laudo estrutural”

Conforme o assessor jurídico, os proprietários são responsáveis pela avaliação das condições do prédio. Kober afirma que isso foi explicado na reunião. “A administração não emite laudo estrutural.”

Justifica que o isolamento da área e a interdição de todo o complexo foram pedidos pelos bombeiros. “Eles estavam um pouco nervosos. O que fiz foi tentar ajudar, mostrando qual a competência do Executivo nesse caso.”

Segundo ele, está ao alcance da administração municipal a elaboração de um habite-se, aprovando o local para o recebimento de público. Para tanto, o setor de engenharia do governo precisa de uma cópia do laudo entregue aos bombeiros. “Nós recebendo isso amanhã (hoje), podemos tentar agilizar a liberação.”

Relembre o caso

O incêndio aconteceu na madrugada de segunda-feira. Os bombeiros foram comunicados às 2h30min. Foram quase 12 horas para o controle do fogo. As chamas teriam começado no setor de calçados e confecções e se espalhado até o depósito, nos fundos do estabelecimento, na rua João Batista de Mello. Todas as mercadorias foram perdidas.

O risco de desabamento de uma parede do estoque da Casa Americana, obrigou a Defesa Civil a retirar de casa uma moradora vizinha, fechar um consultório odontológico e uma empresa distribuidora de catálogos.

O complexo estava em adequação às exigências do PPCI e funcionava de forma provisória, estava no prazo de 30 dias para o atendimento das normas. Esse foi o quarto incêndio de grandes proporções na região em quatro meses.

Técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP) estiveram na tarde de segunda-feira investigando as causas do sinistro. O laudo deve demorar cerca de 30 dias.

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