Postos têm filas superiores a uma quadra

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Postos têm filas superiores a uma quadra

Problema ocorre na marcação de exames laboratoriais, feito no 1º dia útil do mês

Cruzeiro do Sul – Uma falha no sistema de agendamento dos exames laboratoriais resultou em extensas filas nos dois postos de saúde ontem de manhã.

Pacientes tiveram que aguardar mais de uma hora do lado de fora para serem atendidos. A comunidade reclama que tais procedimentos são marcados apenas no primeiro dia útil de cada mês.

O problema ocorreu no posto Dr. Pereira (ESFS), na rua Visconde do Rio Branco. Conforme a secretária da Saúde, Rosecler Mallmann, foi necessário acionar um técnico de Lajeado para reconectar o sistema de marcações, levando mais de uma hora.

Neste período, a maioria dos pacientes foi conduzido ao posto do centro. Com isso, a fila no local chegou a Av. General Neto. Seis funcionários operaram três computadores e atenderam a comunidade.

A secretaria estima que mais de 700 pessoas tenham solicitado o serviço durante a manhã. No entanto, destaca a secretária, ninguém precisou esperar mais de 40 minutos.

A demora causou a insatisfação de diversos moradores, como Inês Maria Bagatini, que lamenta não ter dinheiro para fazer os exames de maneira particular. “É uma vergonha deixar a população clamando por atendimento.”

De acordo com ela, todos os meses ocorre o mesmo problema. O agricultor Cláudio Canabarro confirma o problema. Segundo ele, como as consultas são marcadas apenas uma vez por mês as filas são inevitáveis, por isso é preciso esperar horas para ser atendido.

Destaca que esta é a terceira vez que tenta marcar um exame para o genro. “Mas sempre invetam uma desculpa e ficamos sem atendimento.” Ornélio Wergutz diz que ficou na fila por mais de quatro horas para conseguir agendar o atendimento.

Para ele, a secretaria deve aumentar estender o período de marcação dos exames para outros dias. A dona de casa Risorde Brietzke compartilha a mesma opinião. Para ela, é necessário investir mais na saúde municipal, ampliar o número de consultas medicas e de profissionais que atendem nos postos.

Secretária reconhece dificuldades

Segundo Rosecler, o município assumiu a gestão plena da saúde no fim do ano passado. Com isso, os gestores se tornaram competentes em administrar e executar todos os serviços públicos de saúde.

Até pouco tempo, informa, o médico solicitava os exames e o município apenas carimbava. Em seguida, os pacientes iam ao laboratório, onde eram feitos todos os procedimentos. Depois da mudança, é necessário que todas as pessoas busquem uma autorização especial no posto.

Conforme a secretária, todo início do mês o SUS libera um recurso para tais exames, aproximado de R$ 6 mil, calculado no que o município pode gastar. “Agora que administramos tudo daqui criou-se esse problema.”

A secretária se diz entristecida pelas reclamações da comunidade. Ressalta que informou a todos durante a manhã de ontem sobre o problema no posto e que isso seria pontual.

Não há solução prevista para o caso, observa Rosecler. “Estou aceitando sugestões. Por enquanto, não temos como mudar isto.”

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