Atuação de taxistas será padronizada

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Atuação de taxistas será padronizada

Variação de preços, ausência de taxímetro e diferença de veículos são problemas

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Teutônia – A falta de padronização dos serviços de táxi no município motiva uma reunião do Executivo com os 50 profissionais cadastrados. Encontro marcado para a próxima segunda-feira discute novas regras para a atuação dos profissionais. Taxímetro, tarifário, identificação dos carros e monitoramento por GPS são inovações.

O município tem até o fim deste ano para adequar a frota de táxis a lei nacional que rege o transporte público. Além do alvará e da vistoria, os veículos precisam de um selo municipal que autoriza a circulação.

Transporte escolar, urbano municipal e os motofretistas são os próximos a receber as adequações. Os 50 táxis serão recadastrados pela Secretaria do Planejamento. Uma comissão formada pela Polícia Rodoviária Federal, Brigada Militar e representante da administração farão as vistorias nos próximos dias.

A medida servirá para revisar a numeração e ter um controle de quantos atuam. Os motoristas que trabalham de forma irregular ou sem placa específica terão a concessão revogada.

A administração municipal modificará seis itens das normas da lei municipal. Um delas aumentará as punições nos casos de uso irregular das placas. Alguns aproveitam os benefícios na compra de carros e na isenção do IPVA, mas não prestam o serviço, destaca o secretário do Planejamento Fabiano Eckel.

A lei padronizará a cor dos veículos para branco e com adesivos com o brasão do município. Será permitida apenas a utilização do vidro traseiro para identificação pessoal do taxista. Os carros comprados após a aprovação das novas normas devem ser de quatro portas.

A lei exigirá o uso de taxímetro. Uma bandeira mínima e a tarifação por quilômetro rodado ficarão definidas por decreto. Para a segurança e monitoramento do trabalho dos taxistas, GPS será cobrado.

Um software permitirá o monitoramento pela Brigada Militar e pela administração municipal. Assim, se terá a certeza de que os motoristas que têm a concessão estão trabalhando, além de proporcionar mais segurança, conta Fabiano.

Espaço para mais taxistas

Os dados prévios levantados pela Secretaria de Planejamento mostram a necessidade de mais taxistas. As rodoviárias e supermercados, nos bairros Languiru e Canabarro, concentram as maiores demandas. Eckel aponta a possibilidade de um mesmo ponto ser dividido por mais profissionais.

Segundo ele, Teutônia terá um taxista para cada 500 habitantes. Como o município tem cerca de 27 mil, abriria pelo menos dez vagas. Número que pode aumentar caso houver descredenciamentos.

Empresas poderão concorrer

As licenças para trabalhar como taxista são concedidas por meio de edital. Elas podem ser requisitadas por qualquer pessoa. Entre os aspectos avaliados, se prioriza os desempregados.

A lei estipula a obrigatoriedade de trabalhar oito horas diárias, entre 7h e 19h, que não pode ser cumprida por que tem outro trabalho, pondera Eckel.

Uma das novidades neste quesito é a possibilidade de empresas concorrem às concessões. Elas poderão contratar motoristas para trabalhar numa escala que atenda às 24 horas.

Desunião da categoria

Taxista desde 2002 em Teutônia, Ilvo Hemsing, 63, é a favor das mudanças que beneficiam a categoria. Hemsing tem uma empresa com três taxis, prestando serviço para seguradoras e com um ponto em frente ao supermercado Languiru, no bairro Languiru.

O taxímetro, segundo ele, acabaria com a disputa pelos passageiros. Há uma desunião muito grande, falta respeito entre os profissionais, avalia. O taxista propõe um curso de aperfeiçoamento para melhorar o atendimento.

Luta por um sindicato

O taxista Paulo Roberto Viana Ferreira, 27, espera a oficialização da alteração na lei para trocar o veículo prata por um branco. Ele acha positiva a padronização e não vê empecilhos para a nova colocação de adesivos.

A utilização de taxímetro, para Ferreira, exigiria uma fiscalização mais atuante. Caso contrário, a barganha de preços continuaria ocorrendo. Taxistas oferecem preços menores para tirar clientes uns dos outros, conta.

Ele busca implantação de um sindicato dos taxistas no município. Com uma comissão formada pelos próprios motoristas, poderemos combater as irregularidades com mais facilidade, argumenta.

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