Ambulâncias velhas limitam serviços

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Ambulâncias velhas limitam serviços

Quatro municípios têm veículos com mais de 15 anos. Lajeado anuncia medidas

Vale do Taquari – Levantamento feito pelo A Hora nos 36 municípios da região mostra o contraste entre as frotas disponíveis para as secretarias de Saúde. Cidades com pouco mais de 3,8 mil habitantes têm o mesmo número de ambulâncias que Lajeado, onde há duas para 70 mil pessoas.

Os veículos da maior economia da região têm mais de 11 anos de fabricação. Um deles é de 2002. O outro foi fabricado em 1998. Na manhã em que o A Hora visitou a sede do setor, uma delas estava em manutenção. A média de quilometragem diária de cada, chega a 300 quilômetros.

Para Deloges Deves, responsável pelo controle do veículos, o ideal seria o município ter quatro ambulâncias em trabalho e uma à disposição. Descreve a estrutura atual como limitada e atribui as dificuldades de atendimento às condições dos carros.

De acordo com o secretário Glademir Schwingel, inexistem recursos no orçamento municipal para renovar a frota. Os custos para comprar e equipar cada veículo é estimado em R$ 150 mil.

Ele é mais pessimista. Descreve a situação como precária. Segundo Schwingel, o ideal seria renovar a frota e comprar mais um veículo. Muitos municípios com população menor têm um número igual e maior de ambulâncias que Lajeado. A condição delas também é melhor, exemplifica.

Entre os dois primeiros meses do ano, os veículos, durante duas semanas, estavam em manutenção. No período, os serviços precisaram ser terceirizados e geraram um custo estimado em R$ 10 mil.

Limitação do serviço

As duas ambulâncias de Lajeado não estarão disponíveis em eventos públicos. O anúncio foi feito pelo secretário dia 9. A medida possibilita que os dois carros estejam à disposição da secretaria, prevê.

Durante jogos, shows e festas, o governo oferece o veículo, motorista e técnico de enfermagem. Neste fim de semana, o motorista Nestor Dessoy, 43, é plantonista com a Mercedes 1998. A estrutura é mínima: maca, prancha para imobilização e um cilindro de oxigênio.

Motorista das ambulâncias do município há 20 anos, ele reconhece o tempo de serviço do veículo. “Ainda está em uso pelo cuidado que temos.” Segundo ele, em casos de emergência era comum o motorista se deslocar sozinho para locais de acidente para socorrer as vítimas.

Quatro ambulâncias para 3,8 mil pessoas

Mato Leitão destaca-se como o menor município com maior número de ambulâncias disponíveis: três. Ele fica atrás apenas de Estrela, com quatro, e à frente de Cruzeiro do Sul, Teutônia e Arroio do Meio.

A secretária de Saúde, Míriam da Silva, espera a chegada de um veículo novo ainda este ano. Com o reforço, a ambulância mais antiga, de 2001, será desativada. As outras duas são dos anos de 2008 e 2011.

Progresso, com população de 6,1 mil tem três ambulâncias. Uma delas é ano 2012 e não demanda tanta manutenção. As outras são de 2003 e 2004 e recebem melhorias periódicas.

Meia frota

Taquari tem quatro ambulâncias pertencentes ao município, metade funciona. Para uso da Secretaria de Saúde o número é menor, apenas um veículos fabricado em 2010. O mesmo carro ficou parado por 15 dias no fim de maio por problemas no motor.

O hospital utiliza o carro do município. Ele opera como UTI móvel, de uso exclusivo para o hospital. Em casos de aumento de demanda, a alternativa é a terceirização.

Outra UTI móvel, fabricada em 2001, está sem uso há mais de um ano. A segunda ambulância do município é de 2009, mas está sem uso, desde 2011, quando foi envolvida em um acidente em Rio Grande.

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