Vale do Taquari – A população do Vale vive 6,8 anos a mais do que em 1991, conforme índice do Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil. As cidades de Forquetinha e Coqueiro Baixo lideram o crescimento, onde a média de idade chega a 78,1 anos.
Em Coqueiro Baixo, a população de idosos representa 29,38%. Dos 1.528 habitantes, 449 estão acima dos 60 anos. A terceira idade recebe atenção singular do poder público, pois é capaz de decidir qualquer eleição.
Os aposentados têm cursos, encontros, palestras, bailes, danças e ginásticas (incluindo hidroginástica) promovidos pela administração municipal. Sete carros oficiais estão à disposição dos idosos para deslocamento por razões médicas ou educacionais.
Pelas ruas, durante a semana, é difícil encontrar uma pessoa com menos de 40 ou 50 anos. A maior distração e forma de lazer é no carteado. São seis bares no centro. As festas da terceira idade sempre estão lotadas.
Segundo o morador Gentil Dalpian, 72, apesar da qualidade de vida, inexiste diversidade de emprego na cidade. A principal opção, segundo ele, é na agricultura. Mas as condições do relevo limitam a atividade. O município é formado por montanhas rochosas, de difícil cultivo agrícola. “Aqui é excelente de se viver.”
O empresário, Sidnei Conte, 67, chegou ao município em 2000, pouco antes da primeira administração municipal, cujo governo se iniciou um ano depois. Vê no cooperativismo a alternativa de garantir a permanência das pessoas.
Para ele, a qualidade de vida na cidade é invejável. “Nossos filhos recebem uma boa educação e com isso também querem um futuro profissional melhor. Para eles, não serve o que oferecemos aqui.”
Qualidade de vida
Forquetinha é o quarto melhor colocado em longevidade no estado e o 22º no país. O prefeito Waldemar Richter atribui esta conquista a qualidade vida da população. Mensalmente, os moradores, em especial a terceira idade, recebem a visita de profissionais de saúde direto nas residências. “Quando a pessoa tem saúde, ela é feliz e pode trabalhar.”
Com a implantação do projeto Saúde em sua Casa, os atendimentos diminuíram no posto. Em breve deve ser inaugurado o complexo Vida Saudável, um local onde a população terá piscinas de hidromassagem, salas de ginástica entre outros procedimentos.
Mulheres vivem mais
A cada ano, a expectativa de vida no Brasil aumenta quatro meses. De 62 anos e meio, em 1980, para 73,7 anos, em 2010. A análise inclui resultados do Censo Demográfico de 2010, e estatísticas relativas ao mesmo ano, do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.
A expectativa de vida das mulheres, de 77,3 anos, foi superior a dos homens em 7,1 anos. Segundo o IBGE, a diferença reflete a maior exposição da população masculina a mortes por causas externas, por exemplo, crimes e acidentes de trânsito.
Santa Catarina foi o estado que apresentou a maior expectativa de vida tanto para mulheres quanto para homens. Enquanto elas alcançam 79,90 anos, eles podem chegar até 73,73 anos – a média de idade do estado é de 76,80 anos.
Na contramão está o Maranhão, com o menor índice de esperança de vida ao nascer, com 68,69 anos. As mulheres de Roraima são as que vivem menos, segundo o IBGE, com expectativa de vida de 72,81 anos.
Alagoas é o estado onde os homens vivem menos, com expectativa de vida de 64,60 anos. O estado que mais elevou sua expectativa de vida entre 1980 e 2010 foi o Rio Grande do Norte (média de 15,85 anos).