Estrela – O posto de saúde central, no bairro Oriental, teve investimento de R$ 1,6 milhão e continua em desuso. Dividia por etapas, a construção começou em 2009. Mais de 95% do prédio foi custeado com verba municipal. Mesmo incompleto, o Executivo o inaugurou no fim do ano passado.
Com a troca de governo, uma vistoria do Setor de Engenharia flagrou problemas na estrutura. infiltrações, paredes rachadas e o piso cedeu em algumas partes. A empresa responsável pelo trabalho foi notificada e corrigiu os defeitos.
A entrada principal fica pela rua General Osório, no bairro Oriental. A saída das ambulâncias será pela Av. Rio Branco. No entanto, falta acesso. O subsolo, onde fica o estacionamento, segue inacabado. Não há pavimento, o alicerce fica exposto e a caliça está espalhada pela área.
De acordo com o secretário de Saúde adjunto, Fabiano Diehl, o município precisará adaptar as instalações ao Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI), com a instalação de portas corta-fogo, saídas de emergência e extintores. Um investimento próximo dos R$ 100 mil.
Para os equipamentos ambulatoriais, mobiliário, refrigeradores para armazenar vacinas e a climatização mais R$ 400 mil serão investidos. O município tenta esses recursos com a União. Nas próximas semanas o projeto será encaminhado, afirma.
O governo quer mudar o atendimento para o local até o fim do ano. Neste prazo, dificilmente haverá liberação das verbas pelo Ministério da Saúde. A ideia é transferir o mobiliário usado no posto de saúde na rua General Brito para o novo prédio até a compra dos novos equipamentos.
No posto em construção, funcionarão os setores de perícias médicas e autorização de internações hospitalares, central de marcação de consultas, atendimento odontológico e clínico, além da farmácia básica.
Improviso na unidade do Boa União
idade básica do Oriental se repete no bairro Boa União, um dos mais populosos da cidade. Por semana, são 150 atendimentos. Quartos são usados como consultório. Na cozinha, funciona um escritório improvisado.
A garagem é dividida entre sala de espera e outro consultório destinado para atendimento pediátrico. A maca é uma mesa com um colchão. A enfermeira coordenadora do posto, Caroline Wermann admite dificuldades no trabalho. “A gente faz milagre pela proporção de atendimentos.”
O posto atende pessoas dos bairros São José, Pinheiros, Loteamento Popular, Linha Lenz, além do Boa União. Reuniões dos grupos de hipertensos, diabéticos e obesos são intercalados com as consultas pediátricas e ocorrem na sala de espera.
Para pacientes, os problemas na estrutura são secundários. “Somos bem atendidos. Não faltam médicos”, diz o aposentado Francisco da Silva. Morador do Loteamento Popular, Antônio Lopes, 38, corrobora com essa opinião. Segundo ele, apesar do pouco espaço, o serviço é de qualidade.
Município confirma novo posto
A administração municipal reconhece os problemas no Boa União. Conforme Diehl, está previsto o investimento de R$ 512 mil para construção de um novo posto no bairro. O lugar está confirmado. Fica na rua João Lino Braun.
De acordo com ele, o projeto arquitetônico está sendo elaborado. Em reunião para debater o Plano Plurianual (PPA), que ocorreu nessa segunda-feira, a necessidade dessa construção foi apontada como prioridade. Outra Unidade Básica, no bairro Auxiliadora, também apareceu entre as demandas.
Gasto em aluguel chega a R$ 4,5 mil
O município dispõe de seis postos de saúde. Quatro ficam em prédios alugados. Um gasto de R$ 4,5 mil por mês. Na atual unidade responsável pelo centro, são cerca de R$ 2 mil. A promessa governo passado era transferir o atendimento para o posto no bairro Oriental em 2010.
O atendimento hoje é feito em uma casa improvisada. O espaço é insuficiente para atender a média de 500 pacientes por dia. Os serviços prestados são diversos: consultas médicas, entrega de medicamentos, vacinação e outros.