Vale do Taquari – A falta de infraestrutura da BR-386, principal eixo do trasporte gaúcho, provoca uma mobilização em 48 municípios do estado. Os prefeitos devem entregar até o fim deste mês um relatório com os principais “gargalos” no trânsito entre Montenegro e Iraí. O documento servirá de fundamento para o projeto de duplicação do trecho.
O movimento se iniciou a partir da Comissão Pró-Duplicação da BR-386, com apoio do Codevat. Na tarde de ontem, prefeitos, empresários e representantes de entidades se reuniram na Univates para debater a proposta.
Diversos prefeitos que participaram da reunião se comprometeram a realizar audiências públicas em suas regiões para ouvir sugestões da comunidade. O presidente do conselho, José Luiz Cenci, pede que todas as propostas sejam enviadas ao codevat@univates.br em no máximo 30 dias.
As reivindicações serão enviadas para a empresa que fará o projeto técnico da duplicação e também ao Dnit. O grupo receberá o auxílio da Univates para a compilação dos dados.
Conforme Cenci, os prefeitos devem conferir quais são as principais necessidades de cada município, como rótula, ruas paralelas e passarelas. É necessário justificar e oficializar cada apontamento, com dados técnicos, índice de acidentes e, se necessário, fotos.
Muitos municípios que não têm envolvimento direto com a rodovia devem participar, como Passo Fundo, destaca Cenci. Esta cidade depende da duplicação para escoar mercadorias.
Acredita que será possível convencer o governo da importância de cada obra. “Quando estiverem fazendo o projeto verão que é importante mesmo. Algo que talvez passasse despercebido.”
O projeto de duplicação da rodovia está em fase de licitação para fazer o estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental. Conforme Cenci, o Dnit deve contratar em breve uma empresa que faça o serviço.
Remodelações
Atualmente 33,8 quilômetros da rodovia são duplicados, trecho entre Estrela e Tabaí. No entanto, quando o projeto para tal serviço foi realizado, algumas obras de infraestrutura não foram apontadas.
Exemplo disso ocorre em Bom Retiro do Sul, onde é prevista a construção de uma nova rótula de acesso ao município. Para a administração municipal da cidade, o necessário seria um viaduto. Situação semelhante ocorre em Montenegro. O trecho da rodovia que atravessa o município não foi duplicado – único entre Lajeado e Porto Alegre.
Conforme proposta, destaca Cenci, tais obras devem ser incluídas no novo projeto de duplicação. “Trechos ficaram para trás e agora cobraremos o atrasado. Temos que incluir tudo o que é necessário agora, do contrário não sai mais.”
Reivindicações surgem na reunião
– Construção de uma elevada em frente à Fruki; passarelas para pedestres e túnel no bairro Centenário em Lajeado
– Rótula de acesso, duplicação e túnel em Montenegro
– Ligação da Via Láctea em Teutônia
– Construção de passarelas e trevos em Triunfo
– Isolamento entre a rodovia e o acesso aos pedestres e ciclistas para evitar acidentes
– Ruas transversais para desviar fluxo de distritos industriais em Carazinho
– Passarelas e ruas paralelas em Frederico Westphalen
– Acessos para distritos industriais e passarelas em Soledade
– Construção de cinco trevos em Marques de Souza. Cidade tem 27 quilômetros da rodovia
– Acesso precário aos bairros Pinheiro e Boa União. Ruas laterais em Estrela
– Nova rótula em Bom Retiro do Sul
