Vale do Taquari – O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgou ontem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. No Vale, os municípios mais bem colocados são Lajeado e Nova Bréscia com 0,778.
Na pior colocação está Sério (0,652). Nenhuma cidade está entre os melhores posicionados no estado. Dos 36 municípios do Vale, 21 estão acima de 0,7, pontuação considerada satisfatória. O índice vai de 0 a 1.
O levantamento foi feito em 2010. Em comparação com o último, realizado em 2000, o estado passou de 0,664 para 0,746. O Brasil cresceu de 0,612 para 0,727.
O IDH é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O objetivo da criação do IDH foi oferecer um contraponto ao PIB per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
Porto Alegre é a única cidade gaúcha que está entre os cinquenta primeiros colocados no ranking, ocupando a 28º posição, com 0,805. Entre as outras cidades do estado melhor posicionadas estão Carlos Barbosa (53º), Três Arroios (62º), Ipiranga do Sul(62º), Lagoa dos Três Cantos (71º), Garibaldi (87º), Nova Araçá (92º), Casca (92º), Ivoti (100º) e Santa Maria (100º).
São Caetano (SP), com 0,862, Águas de São Pedro (SP), com 0,854 e Florianópolis (SC), com 0,847, ocupam as três primeiras posições no país.
Índices melhoram nas cidades
Entre os aspectos analisados, o país teve crescimento de 47,5% em 20 anos. A classificação nos municípios mudou de “muito baixo” (0,493), em 1991 para “alto desenvolvimento humano” (0,727), em 2010.
Dos três indicadores o que mais contribuiu para a pontuação geral foi o de saúde, com 0,816, seguido por renda (0,739) e pela educação (0,637).
Apesar de educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637 (128%). Segundo o Pnud, esse avanço é motivado por uma maior frequência de jovens na escola.
Em 20 anos, 85% dos municípios do Brasil saíram da faixa de “muito baixo desenvolvimento humano”. De acordo com os dados do “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, 85,8% dos municípios brasileiros faziam parte desse grupo em 1991. Em 2000, caiu para 70% e, em 2010, nova queda. Hoje, o percentual é de 0,57% .
As faixas classificatórias do Índice de Desenvolvimento Municipal (IDHM) são “muito baixo” (0 a 0,499); “baixo” (0,500 a 0,599); “médio” (0,600 a 0,699); “alto” (0,700 a 0,799) e “muito alto” (0,800 a 1).