Alargamento depende de desapropriações

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Alargamento depende de desapropriações

Executivo anuncia modificações no projeto inicial para aumentar a segurança

Lajeado – Dois anos, dez meses e 26 dias de obras foram insuficientes para melhorar o trânsito na Av. Alberto Pasqualini. O alargamento do trecho de 350 metros entre trevo da BR-386 e a rua Washington Luis, no bairro São Cristóvão, carece de sinalização e reparos. Executivo anuncia modificações no projeto inicial.

No dia 1º de setembro de 2010, quarta-feira, o governo municipal iniciou o investimento superior a R$ 1,1 milhão no bairro São Cristóvão. A intenção era desafogar o fluxo. Incompleta, a obra coloca em risco motoristas e pedestres e depende de altos investimentos e desapropriações de terrenos para ser concretizada.

O pior problema está no entroncamento com a rua Miguel Tostes, que foi prolongada até a rua Coelho Neto. Sem sinalização ou semáforo, motoristas precisam cruzar seis pistas da Av. Alberto Pasqualini. No trecho novo da avenida, como inexistem placas indicando o sentido da via, o sobe e desce de veículos é constante. Por vezes, quase se chocam.

A sequência de acidentes e reclamações comprova a inoperância do projeto. Conforme a BM, pelo menos uma vez por semana há registro de colisões no trecho de 350 metros. A maioria envolvendo carro e motocicleta. Em alguns casos, as ocorrências envolvem até mais de dois veículos.

Como as conversões à esquerda são permitidas em qualquer ponto, a tranqueira é maior. O fato ocorre com mais frequência em frente ao Supermercado Maxxi, onde motoristas que trafegam no sentido Centro-São Cristóvão precisam parar no meio da pista e cruzar a via ao lado para ingressarem no estabelecimento. Tudo sem sinalização.

O mesmo ocorre no sentido inverso da avenida, quando veículos tentam acessar o posto de combustível. No meio dessa muvuca, pedestres tentam atravessar – em vão – com segurança em alguns pontos. É comum ônibus de transporte urbano se envolver em acidentes no trecho.

Semáforos serão modificados

Segundo o diretor de trânsito, Euclides Rodrigues, três postes pertencentes a empresas privadas e estatais atrapalharam o andamento das obras. “Cobramos dos responsáveis com mais rigor e agora seremos atendidos.” Em breve será iniciada a remoção dos canteiros e a pintura de faixas, diz. Segundo ele, durante a conclusão das obras o projeto foi revisto.

Os semáforos nas esquinas da avenida com a rua Maurício Cardoso (que leva em direção aos fundos do Shopping Lajeado) e uma pequena ruela sem nome após o posto serão retirados. Haverá sinaleiras só nos entroncamentos da Pasqualini com as ruas Miguel Tostes e Washington Luiz. E só nestas duas vias será permitida a conversão à esquerda.

A avenida terá duas pistas duplas no trecho de 350 metros. Uma em direção à Univates, e outra sentido Bairro-Centro. Serão 26 metros de largura com canteiro no meio. Haverá estacionamento em ambos os lados. Em outro ponto da Pasqualini, entre o trevo da BR-386 e o posto de combustível será proibido estacionar em ambos os lados.

Desapropriações serão necessárias

A intenção do governo é prolongar o alargamento da avenida até a Escola Estadual Érico Veríssimo. Para isso, esclarece a secretária de Planejamento, Marta Peixoto, serão necessárias dezenas de desapropriações. “Uma lei nova exige que todos os imóveis tenham dois metros de recuo viário. Mas esse processo deve perdurar por anos.”

Cita que alguns estabelecimentos, como a fruteira Degasperi e alguns prédios novos, respeitam a norma. “O mesmo ocorreu em Porto Alegre, na terceira perimetral. Lá, as desapropriações demoraram quase 50 anos”, lembra.

Segundo a secretária, inexiste qualquer negociação em andamento. Comenta que o recuo precisa ser feito em toda extensão da avenida, entre o trevo com a BR 386 e a ponte sobre o Rio Forqueta, no bairro Carneiros.

A mudança faz parte do plano de sistema viário municipal. “Há a vontade de fazer, pois é uma necessidade o alargamento da via. Mas ainda é muito cedo para darmos um prazo.” Conforme Marta, a lei vale também para as ruas Carlos Sphor Filho e Bento Rosa.

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