Codevat cria entidade para fiscalizar EGR

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Codevat cria entidade para fiscalizar EGR

Modelo comunitário, implantado em junho, deixa incertezas sobre funcionamento

Vale do Taquari – Em assembleia realizada na tarde de ontem, na Univates, o Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) definiu as entidades que farão parte da representação local na Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Ao todo, 17 organizações integram a lista.

Os órgãos consultivos regionais estão previstos na lei de criação da autarquia. A fiscalizará a gestão da nova estatal, além de propor investimentos, melhorias e obras nas rodovias, acessos municipais ligadas às estradas.

Ao todo, 26 integrantes participaram da reunião. Estavam presentes secretários municipais, representantes de entidades do comércio e indústria e prefeitos. Na discussão, foi ponto passivo o fato de a EGR não estar preparada para assumir a cobrança nas praças da região.

Para o prefeito de Lajeado, Luís Fernando Schmidt, nesse primeiro mês de atuação, os impasses sobre a manutenção do trecho urbano da ERS-130 foi resolvido. Segundo ele, a antiga concessionária descumpria com a responsabilidade. “Agora não podemos esperar que tudo se resolva nos primeiros 30 dias.”

Na formação dos planos de investimento, Schmidt ressalta a importância de embasar os pedidos para evitar erros. Secretária executiva do Codevat, Cíntia Agostini, frisa o atraso na formação do conselho comunitário como impasse no diálogo entre região e a empresa dos pedágios.

Para definir os conselheiros, o Codevat pretende fazer uma eleição entre as entidades definidas ontem. Na assembleia, foi elaborada uma carta que será levada a EGR. O Codevat solicitará uma visita do presidente da autarquia, Luiz Carlos Bertotto à região.

Socorro nas rodovias

Os serviços de guincho e ambulâncias seguem indefinidos nas estradas pedagiadas do Vale. Em caso de acidentes, o atendimento fica restrito ao Samu e aos veículos dos governos municipais. Conforme o prefeito de Cruzeiro do Sul, Cesar Marmitt, devido ao orçamento restrito, as cidades do porte da dele têm pouca estrutura para prestar esse serviço.

Diante das incertezas sobre essa situação, foi consensual na discussão a necessidade de incorporar o Consórcio Intermunicipal de Saúde (Consisa). O gestor de Marques de Souza, Ricardo Kich, questionou a situação na BR-386.

Com o fim da cobrança, além da queda na arrecadação, precisa investir no socorro a acidentados. Pela lei da EGR, há possibilidade de a autarquia reassumir as praças. No entanto, o mais provável, é que o Dnit seja responsável pela manutenção e pelos atendimentos. Conforme o presidente do Codevat, José Cenci, essa é a tendência, mas há pouco interesse do órgão federal em assumir o trecho.

Arrecadação enviada ao caixa único

Pela lei de criação da EGR, o valor das tarifas será depositado na conta da estatal, sem passar pelo caixa único do estado. Isso garantirá o investimento na conservação, pintura e sinalização e obras de maior porte.

Nos primeiros dias de funcionamento, a arrecadação tem sido encaminhada ao caixa único. Para o reitor da Univates, a indefinição quanto ao destino do dinheiro põe em xeque a credibilidade da nova estatal. “Começa desacreditada a EGR.”

Em duas das três praças do polo de Lajeado, foram arrecadados mais de R$ 1,3 milhão de 12 de junho até 16 de julho. Em Cruzeiro do Sul, a soma chega a R$ 658 mil Em Encantado, o pagamento das tarifas resultou em R$ 716 mil.

Demandas envolvem 22 cidades

Levantamento do Codevat aponta uma lista de melhorias nas estradas do Vale. Nelas estão algumas cobradas há anos, como a duplicação da ponte no bairro São Bento, entre Lajeado e Santa Clara do Sul. Também o asfaltamento do acesso a Sério e Coqueiro Baixo. Constam pista lateral da Trans-Santa Rita, em Estrela, pavimentação da ERS 129, entre o município e Bom Retiro do Sul, recapeamento, sinalização e pintura nos trechos urbanos por onde passam rodovias estaduais.

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