Atendimento do Samu duplica na BR-386

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Atendimento do Samu duplica na BR-386

Fim dos pedágios mostra necessidade de ampliar o número de unidades no Vale

Vale do Taquari – Sem socorro em caso de acidentes em trecho de 50 quilômetros da BR-386, entre Fontoura Xavier e São José do Herval, o Consórcio Intermunicipal de Saúde (Consisa) tenta a adesão dos municípios para implantar mais cinco unidades do Samu.

Levantamento da central regional mostra que os chamados para ambulâncias equipadas com UTI aumentaram de sete, em maio, mês do término da concessão dos pedágios, para 16 em julho. Para o atendimento básico, o acréscimo é de quatro. Passou dos 19 para os 23.

aConforme a coordenadora do Samu no Vale, Rosana da Rosa, isso é um indício da necessidade de ampliar o serviço. Pelo projeto encaminhado ao estado, as novas unidades ficariam em Marques de Souza, Fazenda Vilanova, Ilópolis, Dois Lajeados e uma avançada para Estrela.

A Superintendência do Dnit no estado não prevê a contratação de serviços de ambulância para atendimento no trecho na rodovia, antes responsabilidade da Concessionária Sulvias. Conforme o secretário-executivo do Consisa, Nilton Rolante, o tema será abordado em reunião com os prefeitos nessa semana.

Das cidades do Vale, Cruzeiro do Sul, Imigrante, Travesseiro, Capitão, Colinas, Dois Lajeados, Putinga e Bom Retiro do Sul não integram a lista de repasse para o Samu. O custo para manter as equipes médicas, motoristas e veículos precisa ser dividido entre as administrações municipais.

O cálculo considera o total da população. São R$ 0,21 por habitante repassados ao pagamento pelo serviço. Na região, as seis ambulâncias custam por mês em média R$ 240 mil. Os governos estadual e federal repassam R$ 195 mil.

O restante, os municípios pagam. Segundo Rolante, para manter o valor no patamar atual, é indispensável a inclusão das cidades fora do programa. A rodovia é uma das mais movimentadas do estado.

Estima-se que 20 a 25 mil veículos passam pelo trecho todos os dias. Quase a metade é de caminhão, ônibus e van. Em relação aos últimos seis anos, houve um aumento de 40% no tráfego pela BR-386.

Tempo de deslocamento preocupa PRF

O chefe da 4ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Adão Vilmar Madril, se preocupa com a falta de ambulâncias para atendimento a feridos em caso de acidentes. Segundo ele, a demora dos deslocamentos aumentou, em especial na região alta, depois de Marques de Souza. “As ambulâncias precisariam vir de Lajeado.”

Nesse sábado, aconteceu um acidente envolvendo três veículos no quilômetro 315 da BR-386. Sete pessoas ficaram feridas. Um Gol com placas de Medianeira, Paraná, bateu na mureta sobre o arroio Tamanduá. Ao desviar do carro, o ônibus do Sport Clube Internacional, que vinha no sentido inverso, colidiu em outro ônibus, de Parobé.

Dois ocupantes do carro tiveram ferimentos leves. No coletivo de Parobé, cinco pessoas precisaram de atendimento. O socorro foi feito pelo Samu. Por ser um trecho próximo a Lajeado, as ambulâncias levaram pouco mais de 30 minutos.

Dificuldade aos municípios

Em reunião da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), o prefeito de Pouso Novo, Luiz Buttini, questionou a forma de atendimento nos casos de acidente. Para ele, as administrações municipais não tem estrutura para socorrer vítimas na BR-386.

A situação é comprovada pelo prefeito de Marques de Souza, Ricardo Kich. Na área urbana do município estão 27 quilômetros da BR-386. A administração municipal não dispõe de ambulância equipada para atendimentos graves, nem médicos plantonistas.

Novos pontos propostos

Marques de Souza – unidade seria destinada para atender trecho da BR-386 de Forquetinha até São José do Herval;

Fazenda Vilanova – também atenderia Bom Retiro do Sul, Paverama e Tabaí;

Ilópolis – A cidade vizinha de Arvorezinha deixou de fazer parte da 16ª CRS. Essa unidade seria responsável para atender em Relvado, Putinga e Anta Gorda;

Dois Lajeados – Ajudaria a base de Encantado, hoje responsável por nove municípios;

Estrela – uma ambulância básica está alocada no município. Pelo projeto, seria cedida uma unidade completa, com equipamentos para atendimentos complexos;

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