Teutônia – A parceria entre a administração municipal, o governo federal e a Caixa Econômica Federal (CEF) garantiu a construção de 128 casas populares, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida 2. Esse projeto é pioneiro no Vale, sendo a maior obra nestes 31 anos de história do município, com investimento que chega próximo a R$ 7 milhões.
A área, avaliada em cerca de R$ 1,160 milhão, foi doada pela administração municipal para a execução da obra, num total de 64 lotes, e sobre cada um serão construídas duas casas geminadas, totalizando 128 novas residências.
O valor de aproximadamente R$ 5,760 milhões foram financiados pela CEF para a construção das casas, pavimentação das ruas e colocação das calçadas.
O prefeito Renato Airton Altmann reforça que “nenhuma outra obra já realizada na história da cidade teve um investimento tão elevado quanto esta”.
Ressaltou que a obra tem um caráter social importante, porque supre uma carência habitacional. Conforme a moradora Analice Maciel, a obra é a realização de sonho. “Chega de ficar mudando de casa a toda hora, pagando aluguel. Agora temos um lugar descentre para morar e criar nossos filhos.”
“Iríamos morrer pagando aluguel”
O pedreiro Paulo Cavelheiro Brisit, 31, natural de Ijuí, se mudará para a casa nova nesta segunda-feira. Ele a mulher pagam R$ 270 de aluguel por mês. Para ele, a casa própria é o começo de uma nova vida. “Iríamos morrer pagando aluguel. Não teríamos condições de construir nossa casa por conta.”
Angela da Silva Ribeiro, 21, e Lucas Willian Pimmel, 23, pretendem marcar a data do casamento depois que fizerem a mudança para a nova moradia. “Realizaremos dois sonhos de uma vez só.”
O casal pagava R$ 400 de aluguel. Segundo Pimmel, mesmo com os dois empregados, a remuneração era insuficiente para conseguir pagar um financiamento para construir uma casa.
Como são as casas
Cada casa tem cerca de 43 metros quadrados, com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro com acesso a deficientes e área de serviço. As aberturas são de alumínio, piso cerâmico, azulejos nas partes úmidas e laje pré-moldada.
O Loteamento Morada do Sol tem tubulação de água pluvial, pavimentação das ruas com blocos de concreto e a construção de calçadas em concreto. Fica nas imediações do campo do Atlético Gaúcho, no Loteamento 8 – Bairro Canabarro.
Valor do imóvel
Pela licitação realizada, cada imóvel custa cerca de R$ 45 mil, valor que cobre a casa, o terreno e a infraestrutura. A CEF estabeleceu um vínculo com cada família beneficiada. As parcelas pagas pelos beneficiários variam entre R$ 25 (mínima) e R$ 160 (máxima). O vínculo entre a família beneficiada e a Caixa é de no máximo dez anos ou 120 meses.
Num exemplo de uma família que pagará R$ 50 por mês, ao final dos 120 meses pagará R$ 6 mil. Se a casa custa R$ 45 mil, o governo federal arca com os outros R$ 39 mil, que serão a fundo perdido, ou seja, não serão cobradas nem da família nem do município. No exemplo máximo, de R$ 160 por mês, a família pagará R$ 19,2 mil e receberá como bônus do governo o valor de R$ 25,8 mil.
Seleção
O número de interessados foi sete vezes maior que a oferta de casas populares, tendo 852 famílias inscritas. O processo de seleção ocorreu na metade de 2012. Foram adotados critérios como renda família igual ou inferior a R$ 1,3 mil por mês, residir no município a pelo menos três anos, não ter imóvel próprio, entre outros.
