Vale do Taquari – Os usuários da ERS-130, no trecho entre o trevo de Cruzeiro do Sul e o acesso à BR-386, terão de conviver com buracos e desníveis por tempo indeterminado. A situação da rodovia no local é precária.
A responsabilidade em administrar o espaço segue indefinida, mesmo depois de a EGR assumir as praças de pedágio na região. Daer e concessionária se eximem.
Segundo o superintendente do departamento, Hildo Artur Mourão, o compromisso de consertar o asfalto tornou-se da EGR no início do mês, quando a empresa começou as cobranças na praça de Cruzeiro do Sul. O presidente da entidade, Luiz Carlos Bertotto, nega o encargo.
Um encontro entre as estatais deve ocorrer nas próximas semanas para definir as responsabilidades, destaca Bertotto. “Temos questões pendentes. Isso deve ser esclarecido.”
Reconhece a precariedade do trecho. Mas de acordo com Bertotto, há um estudo por parte do Daer estadual para recuperar a rodovia. Conforme o presidente, outros pontos da ERS-130 receberam apenas o recapeamento asfáltico nos últimos anos e precisam de conserto. Tais obras são planejadas e devem ocorrer nos próximos. Cada veículo de passeio paga R$ 5,20 na praça de Cruzeiro do Sul. Com a Sulvias, o valor era de R$ 7.
Comunidade pede urgência
O proprietário de um mercado no bairro Montanha, em Lajeado, João Carlos Maia Strapasson, 34, enfatiza a precariedade do asfalto. Ele não acredita que a EGR possa resolver o problema e teme problemas. “Colocar tudo na mão do estado é perigoso.”
Devido à quantidade de buracos, Strapasson reduz a velocidade para amenizar os estragos no veículo. A prática é repetida por muitos motoristas. Alguns, andam em ziguezague para desviar dos desníveis.
Antônio Airton Severo, 46, cobra agilidade do governo para resolver o problema. Ele tem um estande de produtos naturais às margens da rodovia há três anos e relata os constantes acidentes.
Severo é a favor dos pedágios, mas pede comprometimento dos responsáveis. “Com a Sulvias era ruim. Sem ela seria pior. Espero que a situação melhore.” Por dia, o comerciante recebe em média 150 clientes. A maioria, segundo ele, reclama das más condições da estrada.
Problema semelhante com Sulvias
Em agosto de 2011, o jornal A Hora noticiou a precariedade do mesmo trecho. Na época, a então administradora dos pedágios, a Sulvias, negou compromisso em recuperar o espaço. Mesma posição teve o Daer. O departamento culpou a concessionária de não cumprir com o acordado.
Semanas depois da notícia, a estatal assumiu a responsabilidade e fez a manutenção do asfalto esburacado. Na época o responsável pela concessionária, Fernando Fróes, disse que quando o pedágio foi planejado, o trecho entre o trevo de acesso a Cruzeiro do Sul e o Posto do Arco – Km 72,3 da ERS-130 e Km 0 da RST-453 – foi excluído.
