Dos cinco quilômetros, Funai libera duplicação em três

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Dos cinco quilômetros, Funai libera duplicação em três

Condicionada a construção da nova aldeia indígena, a Funai deu aval para obra em três quilômetros. Os atrasos geram aumento nos custos. Do orçamento inicial, o acréscimo pode chegar a R$ 50 milhões.

Vale do Taquari
A liberação fracionada das áreas indígenas pela Funai incomoda líderes regionais. Nesta semana, dos cinco quilômetros próximos da tribo caingangue, o Dnit recebeu o aval para iniciar obras em três.
A Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT) questiona as decisões do órgão, que dificultam a duplicação da BR-386. Para o presidente da entidade, Oreno Ardêmio Heineck, deveria ser liberado o trecho total.
Heineck critica a morosidade da Funai. “Só tem uma família e uma escola. São menos de 500 metros. Por que não aceitaram a proposta de realocação (sic)?” Os desmandos da Funai, frisa, são provocados por divergências entre os órgãos em obras pelo país.
Para ele, a região deve agir. “Não podemos ser pacíficos. Esperar mais dez meses para liberar dois quilômetros e ver o desenvolvimento do Vale ser prejudicado.” O presidente da CIC-VT pretende agendar uma reunião com Dnit para cobrar agilidade na conclusão da obra.
Ao todo, eram nove quilômetros considerados área indígena. Em setembro de 2012, a Funai liberou a obra em quatro. Conforme o Dnit, as máquinas devem começar a retirada da vegetação entre os quilômetros 335,5 ao 338,5 assim que o Ibama conceder a licença ambiental. A previsão é que os trabalhos comecem até o fim desse mês.
O restante está condicionado ao andamento da construção da nova aldeia caingangue. Serão destinados 6,7 hectares para instalação de 29 casas, uma escola, uma área para confecção e venda de artesanato. Uma casa de fala, destinada para promover a cultura indígena.

Vale do Taquari

A liberação fracionada das áreas indígenas pela Funai incomoda líderes regionais. Nesta semana, dos cinco quilômetros próximos da tribo caingangue, o Dnit recebeu o aval para iniciar obras em três.

A Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT) questiona as decisões do órgão, que dificultam a duplicação da BR-386. Para o presidente da entidade, Oreno Ardêmio Heineck, deveria ser liberado o trecho total.

Heineck critica a morosidade da Funai. “Só tem uma família e uma escola. São menos de 500 metros. Por que não aceitaram a proposta de realocação (sic)?” Os desmandos da Funai, frisa, são provocados por divergências entre os órgãos em obras pelo país.

Para ele, a região deve agir. “Não podemos ser pacíficos. Esperar mais dez meses para liberar dois quilômetros e ver o desenvolvimento do Vale ser prejudicado.” O presidente da CIC-VT pretende agendar uma reunião com Dnit para cobrar agilidade na conclusão da obra.

Ao todo, eram nove quilômetros considerados área indígena. Em setembro de 2012, a Funai liberou a obra em quatro. Conforme o Dnit, as máquinas devem começar a retirada da vegetação entre os quilômetros 335,5 ao 338,5 assim que o Ibama conceder a licença ambiental. A previsão é que os trabalhos comecem até o fim desse mês.

O restante está condicionado ao andamento da construção da nova aldeia caingangue. Serão destinados 6,7 hectares para instalação de 29 casas, uma escola, uma área para confecção e venda de artesanato. Uma casa de fala, destinada para promover a cultura indígena.

Obra pode encarecer em R$ 50 milhões

Diante dos trâmites burocráticos, empresários responsáveis pela construção preveem aumento nos custos. No primeiro investimento, o orçamento era de R$ 150 milhões, mas deve ultrapassar os R$ 200 milhões.

Dos 33,8 quilômetros da duplicação, cerca de 29 estão em fase de conclusão. Principal ligação do Vale à região metropolitana, a rodovia tem um fluxo diário próximo de 22 mil veículos. Boa parte são caminhões carregados com produtos agrícolas.

A obra começou com atraso em novembro 2010. A liberação ambiental do Ibama foi o primeiro imbróglio. O prazo de entrega foi postergado por no mínimo três vezes. Agora, a previsão é para o primeiro semestre de 2014.

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