Cobrança de tarifa recomeça à meia-noite

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Cobrança de tarifa recomeça à meia-noite

EGR contrata empresa por R$ 220 mil mensais. Pedágio volta em três praças

Vale do Taquari – As cancelas na ERS-130, em Encantado, e as duas praças na ERS-453, em Boa Vista do Sul e Cruzeiro do Sul, voltam a baixar amanhã. A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) passa a administrar as praças à meia noite dessa quarta-feira.

pPor 90 dias, o serviço será prestado por empresas contratadas de forma emergencial. O valor repassado por mês chega a R$ 220 mil, o mesmo pago para as empresas que administram as praças de Campo Bom e Portão.

Conforme o presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, a ideia é recontratar os funcionários que trabalhavam para a Sulvias. Para ele, isso facilitará na reorganização dos pedágios e agilidade das cobranças das tarifas.

O atendimento de guincho e serviço de ambulância devem ser prestados pelo Samu, Detran e Polícia Rodoviária Estaduais (PRE) por mais 30 dias. O levantamento de ambulâncias do patrimônio das concessionárias não foi concluído pelo Daer. Sem saber a quantidade de equipamentos, a EGR não pode contratar socorristas e médicos para atender a acidentes nas estradas.

Bertotto reconhece que neste período poderá haver dificuldades nos atendimentos. “Em um mês resolveremos este impasse com a contratação de veículos e profissionais.”

Pela previsão da nova autarquia, a tarifa inicial deve ser de R$ 5,20. Na BR-386, o governo federal não pretende cobrar pedágio. A responsabilidade pela manutenção será do Dnit. Desde o dia 31 de maio, as rodovias estavam sem cobrança, devido à decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

Samu em Marques de Souza

A Superintendência do Dnit no estado não prevê a contratação de serviços de guincho e ambulância para atendimento no trecho da BR-386 no Vale do Taquari, antes concedido para a Concessionária Sulvias. Os gestores de cidades lindeiras à rodovia demonstram preocupação com a possibilidade dos atendimentos serem repassados aos municípios.

Em Marques de Souza, o prefeito Ricardo Kich é enfático. “Não temos ambulância equipada para esse tipo de atendimento.” Há dois veículos, mas nenhum com médico plantonista. Os quatro profissionais que atuam na cidade se revezam durante a semana e trabalham só à tarde no posto de saúde.

Com 27 quilômetros de BR-386 dentro da área do município, Marques de Souza poderá receber uma nova unidade do Samu na região, para atender o trecho de Forquetinha até São José do Herval. Há bases em Lajeado, Estrela, Teutônia, Encantado e Taquari. Seis ambulâncias atendem toda região. “Estamos estudando essa possibilidade”, garante o prefeito de Westfália, Sérgio Marasca, atual presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Taquari (Consisa), responsável pelo Samu.

Uma reunião ocorre hoje à tarde, na sede da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), para discutir o assunto. Conforme o secretário do Consisa, Nilton Rolante, o pedido de uma nova unidade em Marques de Souza é viável. “A possibilidade é tranquila, mas precisamos discutir com todos do consórcio, pois são eles quem pagam pelo serviço.” A ideia é instalar a nova base junto ao hospital da cidade.

Das cidades do Vale do Taquari, Cruzeiro do Sul, Travesseiro, Capitão, Colinas, Putinga e Bom Retiro do Sul não fazem parte do Consisa. “O importante é que todas participam, até para baratear o custo para os municípios. Percebemos aumento no interesse após o fim do pedágio.” Cada administração paga R$ 0,21 por habitante para o atendimento 24 horas do Samu.

EGR poderá investir 66% da receita

Ligada à Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Seinfra), a EGR é uma Sociedade Anônima (SA). Por lei, a tributação é 17% maior do que se fosse administrada pelo Daer. Para os custos operacionais, como pagamento dos servidores e equipe técnica, serão outros 17%. A possibilidade de investimento pode alcançar 66%.

Pela lei, publicada em julho de 2012, é estipulado o modelo de pedágio público comunitário. A EGR controlará os recursos, decide os valores das tarifas e elaborará projetos de infraestrutura.

Cada região terá um conselho de usuários, responsável por cobrar melhorias, ajudar a estabelecer as prioridades de obras. No estado, 18,52% da malha rodoviária é pedagiada. No Brasil, o número é de 5,6%. Frente à arrecadação, levantamentos mostram que a contrapartida das concessionárias em obras de infraestrutura não chegam a 20%.

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