Câmara de Estrela – O recesso parlamentar de 30 dias no primeiro ano de mandato foi extinto pelos vereadores. Nos demais três anos de legislatura, a paralisação continua entre janeiro e fevereiro.
Projeto do presidente do Legislativo José Itamar Alves (PTB) passou por dois turnos de votação antes de ser aprovado. A primeira ocorreu no dia 22 de abril.
Durante a sessão, Alves justificou a proposta. Confirma a cobrança da população, que pedia o fim do recesso. “Ficará melhor para nós e para a comunidade.” Cita que mesmo no recesso, os vereadores estavam à disposição dos cidadãos.
Segundo Alves, em anos anteriores, o Legislativo tinha 45 dias de recesso por ano. Para ele, houve avanços, pois há maior proximidade dos anseios dos moradores com a atuação dos vereadores.
Recessos pelo Vale
Em dez câmaras da região, houve paradas de no mínimo 20 dias nos primeiros meses desse ano. Em alguns casos, os vereadores foram empossados e entraram em férias. O período de recesso é maior em Arroio do Meio e Pouso Novo. São dois meses de paralisação. Nesse período, sessões para análise e votações de projetos só ocorrem em caso de urgência e com convocação do prefeito.
Em Colinas, Westfália, Travesseiro e Cruzeiro do Sul, os vereadores voltaram às atividades em fevereiro. Estrela e Mato Leitão tiveram sessões nas primeiras duas semanas de janeiro e entraram em férias. No município de Imigrante, os parlamentares pararam em 21 de dezembro e retornaram no dia 12 de fevereiro.
O menor período de férias é em Fazenda Vilanova. Do dia 1º até 21 de janeiro. Durante esse tempo, os integrantes dos Legislativos recebem os subsídios de forma integral.
A Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat) defende a mudança nas normas dos recessos. Considera imoral no primeiro ano de governo os vereadores pararem sem ter trabalhado.
As dez câmaras contabilizam 96 vereadores. Por mês, o custo para o pagamento dos subsídios desses parlamentares é de R$ 246.495,72.
Homenagem para Teresa Sessi Baronio
Outro projeto aprovado pelo legislativo concede título de Cidadã Estrelense a Teresa Sessi Baronio, 76. Professora é lembrada pelo trabalho comunitário nos grupos de fraternidade cristã de doentes físicos e na Apae.
A homenageada nasceu em Muçum, no dia 20 de junho de 1937. Aos dois anos, perdeu um terço do braço numa moenda de cana de açúcar. Mesmo com as dificuldades, Teresa começou a trabalhar aos 14 anos como professora municipal. Para ir ao magistério precisava percorrer dez quilômetros.
Em 1964, Teresa ficou mais debilitada. Ela teve de amputar a perna direita depois de sofrer acidente quando ia para escola, em Guaporé.
O projeto é do vereador Luís Fernando Schneider (PMDB). Em uma data a ser definida pela mesa diretora, a homenageada receberá o título de cidadã em sessão da câmara de vereadores.