Dnit libera tráfego em viaduto da BR-386

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Dnit libera tráfego em viaduto da BR-386

Autarquia estipula mais três meses para conclusão do retorno e das vias paralelas

Fazenda Vilanova – O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) liberou na tarde de ontem duas pistas sobre o viaduto da BR-386. A obra, orçada em R$ 15 milhões, tem cerca de 300 metros de comprimento e se localiza no perímetro urbano da cidade. Os serviços se iniciaram em março de 2011, e a conclusão está atrasada.

dConforme assessoria do Dnit, a obra deverá ser finalizada em três meses. Falta a conclusão do retorno e de vias paralelas ao viaduto. O prazo inicial para o fim dos trabalhos era de um ano. O atraso gerou reclamações por parte de líderes regionais e da comunidade.

Desde o início dos trabalhos, o fluxo de veículos foi desviado para vias laterais próximas do centro. No dia 9 de maio, um homem foi atropelado quando tentava cruzar a rodovia próximo da obra. Moradores ameaçaram bloquear uma das vias como forma de protesto pela demora na construção. A pressão popular e de representantes de entidades civis da região deu resultado.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou a liberação do trecho. Segundo o inspetor da 4ª Delegacia de PRF, Adão Madril, o fluxo sobre o viaduto se iniciou por volta das 15h30min. “Seguiremos acompanhando para analisar possíveis adequações. Acreditamos que não serão necessários.”

Para Madril, a maioria dos acidentes no desvio durante o período de obras ocorreu no início da obra. “Muitos motoristas desconheciam o trecho.” Atribui as demais ocorrências registradas à imprudência dos motoristas.

“Queremos liberação imediata de 15 quilômetros”

Para o presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), José Luiz Cenci, o Dnit poderia liberar, ainda neste ano, um trecho de 15 quilômetros entre a rótula de acesso a Teutônia e a cidade de Tabaí. “Faltam apenas os retornos, mas isso não impediria o tráfego.”

Cenci enaltece a liberação do viaduto. Comenta sobre o fim do perigo aos pedestres e acredita que o prazo de três meses estipulado pelo Dnit será cumprido. Neste momento, dos 34 quilômetros da BR-386 que estão sendo duplicados entre Estrela e Tabaí, 29 estão com serviço em andamento, e outros cinco aguardam liberação para as obras.

Conforme o engenheiro do Dnit, Hiratã Pinheiro da Silva, a liberação do trecho depende da definição sobre a concessionária responsável pelo trajeto. As obras dos retornos estão previstas para serem finalizadas até julho.

Mais segurança

O frentista Paulo Celso Schmitt, 45, temia algum acidente com crianças. Todos os dias, um grupo de alunos atravessava a rodovia. Para ele, a obra atende às expectativas da população. Opinião semelhante a da doméstica Ile Terezinha Diedrich, 54.

Moradora da localidade há 40 anos, presenciou diversos acidentes na BR-386. Com o viaduto, acredita que os pedestres estão mais seguros. “Em alguns dias tinham três acidentes, um atrás do outro.”

Série de atrasos

A obra de duplicação da BR-386 começou em 2010. A transferência da tribo caingangue, instalada às margens da rodovia entre Estrela e Bom Retiro do Sul, está atrasada. A mudança deveria ter começado em março.

O Dnit lançou licitação há cerca de um mês para construir 29 casas, uma escola, um ateliê para confecção e venda de artesanato e uma casa de fala (centro de reuniões para promover a cultura indígena).

No início de maio, outra surpresa. Foi encontrado um lixão clandestino no marco zero da duplicação. A presença de resíduos domésticos provoca a criação de chorume e gases que, soterrados, oferecem riscos à estabilidade do solo. Isso ocasionou a interrupção dos serviços no trecho, que terá uma alça de acesso à rodovia.

A Administração Municipal de Estrela tenta a liberação ambiental de outra área para remover os rejeitos.

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