Operários sobrevivem à queda de 20 metros

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Operários sobrevivem à queda de 20 metros

Quatro pessoas ficaram feridas após desabamento de marquise em construção

oktober-2024

Teutônia – O desabamento de uma marquise em um prédio deixou quatro pessoas feridas no fim da tarde dessa quinta-feira. O acidente aconteceu na rua Três de Outubro no bairro Languiru.

Durante o processo de concretagem do 8° andar, a estrutura lateral cedeu e dois operários despencaram de uma altura de 20 metros. Outro ficou pendurado e foi resgatado pelos colegas. Uma mulher que passava pela rua foi atingida pelos destroços.

pO prédio do residencial Rivin de quatro andares está sendo ampliado em mais quatro pavimentos. Por volta das 17h50min, cerca de 15 funcionários trabalhavam na finalização da concretagem.

Conforme populares um guindaste auxiliava na colocação do concreto, quando parte da estrutura do guincho se chocou contra a sacada do 8° andar, causando o desmoronamento.

Os operários André Juliano Pletsch, 34, e Elson Roberto Gräff, 43, estavam na sacada no momento do choque. Os dois caíram sobre um monte de terra na lateral do edifício. Pletsch sofreu apenas lesões em duas costelas e permanece em observação no Hospital Ouro Branco.

Gräff sofreu ferimentos graves e está na UTI do Hospital Bruno Born. Valdir Silva dos Santos estava no topo do prédio e conseguiu se segurar em uma das vigas. Santos ficou suspenso por mais de 1 minuto até ser resgatado por colegas.Tainara Bernardi de Lima passava em frente ao prédio e foi atingida por escombros.

A rua Três de Outubro foi interditada e centenas de curiosos foram ao local. As lojas foram fechadas e os moradores do terceiro e quarto andar foram retirados dos prédios.

Vistoria

Conforme o tenente André Rodrigues de Oliveira, comandante dos Bombeiros de Estrela, a vistoria no prédio não constatou abalona estrutura.

O engenheiro responsável pelo projeto, Jorge Betti, supõe que o problema tenha ocorrido devido ao contato da lança do caminhão com a sacada do último andar.

O proprietário do Residencial Rivin, Giseldo Rührwiem, afirma que a obra segue todas as exigências de segurança. Ressalta que a liberação da rua está sendo providenciada.

“Achei que tudo ia desabar”

O fiscal de trânsito Jari Berhort presenciou o momento em que os operários caíram. “Escutei um estouro com uma madeira se quebrando e os vi no chão.” Afirma que saiu correndo após o estrondo. “Achei que tudo ia desabar.” Berhort avistou o funcionário que ficou pendurado no topo do prédio. “Gritei para que o socorressem.”

“Foi uma chuva de concreto”

Cristiane Schuch estava estendendo roupa em uma sacada no terceiro andar quando escutou o estrondo. “Escutei um barulho, o prédio tremeu e me encolhi na sacada.” Cristiane relata que foram os segundos mais tensos de sua vida. “Foi uma chuva de concreto, mas sabia que não ia desabar.” Logo depois saiu do prédio e percebeu que os operários haviam caído.

Nasci de novo, diz sobrevivente

Internado no Hospital Ouro Branco, André Juliano Pletsch, 34, atendeu a reportagem. Ao lado de sua mulher Ângela Maria Pletsch contou o que aconteceu. “Eu e meu colega Gräff estávamos na sacada do 8o andar quando escutei um estouro e tudo desmoronou.” Tentou se segurar, mas acabou caindo. Lembra que se chocou contra galhos de árvore e caiu na terra.

“Perdi a consciência por alguns segundos, mas logo vi um bombeiro chegando.” Os dois estavam sem cinto de segurança. Conforme Pletsch, naquele lugar não era necessário.“Nasci de novo, não sei como estou vivo.” Acredita que foi um milagre. O operário sofreu algumas escoriações e trincou duas costelas. Deve receber alta neste fim de semana.

Acidente em obra na Univates

Lajeado – Enquanto trabalhava na construção do Complexo Cultural da Univates, Daniel da Silva Souza, 18, foi atingido na cabeça por um bloco de concreto com 15 quilos. O acidente aconteceu nessa sexta-feira. Com o choque, ele teria caído no fosso do elevador.

Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e enviado para o Hospital Bruno Born (HBB), onde até o fechamento da edição, permanecia em estado grave.

Em nota oficial, a Univates lamenta o acidente. Pelo texto, a instituição exigiu que a construtora responsável, Engenhosul Obras Ltda., de Porto Alegre, o isolamento da área e a interrupção dos trabalhos no local até a apuração e o esclarecimento de todas as circunstâncias do ocorrido.

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