Lajeado – A bancada oposicionista da câmara de vereadores fará nesta manhã a última tentativa para conseguir todos os documentos relativos ao contrato emergencial com a empesa W.K. Borges. O pedido formal será feito na prefeitura. Em caso de negativa, protocolarão pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na sessão da câmara, hoje, às 17h.
O vereador Lorival Silveira (PP) diz que restam dúvidas em relação ao modo com que o processo emergencial foi feito com a empresa de Porto Alegre, que custará R$ 529 mil por mês aos cofres públicos. O valor é R$ 281 mil maior em relação ao contrato anterior.
Silveira desconsidera as justificativas que foram apresentadas pelo governo municipal para não renovar o convênio com a Urbanizadora Lenan, que prestava os serviços até o dia 10 de março. “Tudo está mal explicado.”
Segundo o vereador, serão exigidos os documentos referentes ao processo administrativo que culminou na dispensa de licitação. Será requisitada a planilha de custos das empresas concorrentes ao processo de contratação emergencial.
Toda documentação também foi solicitada pelo jornal A Hora via protocolo, após ter o pedido negado pela assessoria jurídica do Executivo. Desde segunda-feira da semana passada, a equipe de reportagem busca os documentos do processo que culminou na dispensa do edital de licitação.
Empresa repudia polêmica
Foram diversas reclamações de demora na coleta de lixo durante a semana. De acordo com o diretor da W.K. Borges, Marcos Borges, a empresa ainda está se adequando aos novos serviços. “Foi tudo rápido, mas acho que iniciamos bem.” Reclama da polêmica gerada em torno da contratação dos serviços e afirma que a sociedade está mais crítica após a troca das empresas.
Segundo Borges, a empresa ainda tem déficit de funcionários. Diz que é preciso mais garis e roçadores. Hoje, são sete veículos atuando com três catadores. Outros 20 empregados atuam nos serviços de varrição das ruas. “Houve migração e muitos funcionários de fora da cidade foram substituídos por mão de obra local.”
Questiona as acusações de crime ambiental após um dos caminhões ser flagrado depositando lixo em área pública, na manhã dessa sexta-feira. “Aquilo foi um absurdo, não tem sentido algum fazermos aquilo com um aterro licenciado para receber lixo.”
Garante que não houve dano ambiental no terreno nos fundos do supermercado STR, no centro. Diz que foi até a Secretaria de Meio Ambiente analisar o processo e colocou o biólogo contratado da empresa à disposição do caso.