Venâncio Aires – A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) garantiu a construção do presídio fechado e semiaberto em Vila Estância Nova. O anúncio foi feito pelo superintendente Gelson dos Santos Treiesleben durante audiência pública nessa sexta-feira.
Nesta semana, o governo estadual deverá assinar o contrato com a Construtora Verdi, responsável pela edificação da estrutura. A administração municipal espera que a obra seja iniciada ainda neste mês.
Com a instalação do presídio fechado e semiaberto, a Colônia Penal Agrícola (Cpava) será extinta. O prefeito Airton Artus destaca que essa é uma das reivindicações da comunidade devido às falhas de segurança no sistema atual.
Outro pedido do Executivo é que o número de apenados não ultrapasse o limite de vagas. A casa prisional terá capacidade para abrigar 529 detentos no regime fechado e 150 no semiaberto.
Conforme Artus, o Executivo se mobiliza para que o novo presídio receba criminosos da região e, nos próximos anos, apenas detentos julgados na Comarca de Venâncio Aires. Com isso, as autoridades querem evitar a vinda de apenados com alta periculosidade.
A instalação do presídio custará R$ 22 milhões. Terá 14,4 mil metros quadrados de área cercada e 6,4 mil metros quadrados de construção. O prazo para conclusão da obra é de oito meses.
Pontos positivos
O presidente da Câmara do Comércio, Indústria e Serviços de Venâncio Aires (Caciva), Claudiomar da Silva, mostrou-se contra a construção do presídio no início das discussões. A localização privilegiada – próxima da ERS-453 e do Rio Taquari – era apontada como justificativa. Acreditava que a área de cem hectares poderia abrigar um Distrito Industrial.
Silva percebe fatores positivos com a chegada do presídio. Cita o aumento do batalhão da Brigada Militar e a possibilidade de instalação de um posto policial em Vila Mariante. “Essas ações trarão mais segurança às comunidades.” Sobre o Distrito Industrial, o presidente destaca que a Caciva estuda um novo espaço com a administração municipal.