Município mapeará deficiências na energia

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Município mapeará deficiências na energia

Abastecimento insuficiente causa prejuízo e trava crescimento de propriedades rurais

Arroio do Meio – prejuízos com a falta de energia e quedas de luz tornaram-se rotina nas comunidades interioranas. Para amenizá-los, a administração municipal mapeará as áreas com deficiência no abastecimento elétrico. O trabalho se inicia em março e será concluído em 90 dias.

eO assunto foi abordado pelo Executivo nessa terça-feira, em reunião com cerca de 50 agricultores, Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) do Estado e concessionárias de energia. Conforme o secretário da Agricultura, Paulo Heck, o mapeamento revelará as áreas que sofrem com a oscilação. Após, serão realizadas ações com as distribuidoras.

Heck informa que os agricultores serão convidados a se cadastrar na Secretaria de Agricultura. Deverão trazer CPF, talão de produtor, conta de luz e lista dos equipamentos eletrônicos que tem. Os dados serão encaminhados para o SDR.

Em caso de falhas no abastecimento elétrico, o SDR repassará a situação para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O órgão notificará a empresa responsável pelo fornecimento, que terá prazos para resolver os transtornos ou pagarão multas.

Heck destaca que as propriedades rurais têm o desenvolvimento travado pela insuficiência da distribuição elétrica. Agricultores registram prejuízos devido à queda de energia.

Construção de subestação

Durante a reunião, o gerente operacional da AES Sul no Vale do Taquari, Ricardo Slaghenaufi Neto, apresentou um projeto de construção de uma subestação no município. A obra, que custará R$ 15 milhões, está prevista para se iniciar em 2015.

Neto informou ainda que está em andamento o plano para instalar uma linha de transmissão entre Garibaldi e Lajeado. A obra beneficiará todo o Vale.

Problemas recorrentes

Na granja Fröhlich, no Morro Gaúcho, as quedas de luz são diárias. “Se eu ligo o picador de pasto e o computador está ligado, a luz cai,” conta o agricultor Irno Fröhlich, 49. Destaca que os transtornos são registrados desde que iniciou a criação de aves há 12 anos.

Diversos equipamentos da família foram danificados pelas oscilação elétrica. O último caso ocorreu na semana passada, quando a televisão do filho Diego, 24, queimou depois de uma queda de energia. Em menos de um ano o jovem teve de trocar seis vezes a fonte do computador.

Fröhlich queixa-se da situação. Afirma pagar quase R$ um mil pela luz ao mês, mesmo assim o fornecimento é falho. “Não posso deixar nada ligado que estraga.”

Os problemas ocorrem nas propriedades vizinhas. Em 2011, a comunidade visitou a AES Sul e pediu a substituição do transformador por um mais potente. Nenhuma melhoria foi realizada até o momento.

Agricultor de Forqueta Baixa, Vilson Baron perdeu 17 mil aves em janeiro do ano passado. Os animais morreram depois de um corte de energia elétrica para manutenção da rede por três horas e 45 minutos. A temperatura do aviário subiu de 28°C para 45°C.

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