Vale do Taquari – Diante da extinção das Unidades de Tratamento Intensivas (UTIs) mistas, para atendimento neonatal e pediátrico, a diretoria do Hospital Bruno Born (HBB) desenvolve projeto para adequar a estrutura. Em reunião que ocorreu ontem, integrantes da instituição apresentaram a proposta ao deputado federal Ênio Bacci (PDT).
Hoje, a instituição tem sete leitos nas duas especialidades. São quatro para recém-nascidos e três para pediatria. Pelo projeto, será construído um outro andar, com 1.700 metros quadrados. No local funcionará o centro obstétrico, dez leitos de UTI neonatal, bloco cirúrgico para cesáreas e quartos para parto normal.
A UTI pediátrica terá ampliações no número de leitos, que também passará para dez, e uma unidade para tratamento especializado. O projeto será levado à Secretaria Estadual de Saúde (SES). A reunião está marcada para quinta-feira.
Conforme o presidente do HBB, Claudinei Fracaro, a instituição tem garantido em torno de R$ 4,5 milhões para as obras. São R$ 3,5 milhões de emendas parlamentares e R$ 1 milhão da SES. Faltam R$ 1,9 milhões, que serão pleiteados na União e no estado.
Deputados tentam prorrogação
Pela norma do Ministério da Saúde, o prazo das adequações se encerra em novembro. Conforme Bacci, hospitais de todo o país encontram dificuldades para atender o plano dentro do período estipulado.
Frente a isso, deputados de diversos estados pretendem fazer uma reunião com o ministro Alexandre Padilha para pedir a prorrogação por 12 meses. Bacci tem convicção que o prazo será postergado. Observa que a normativa visa melhorar o atendimento e não fechar UTIs.
Caso haja uma resposta negativa, os leitos pediátricos do HBB estão assegurados. Por outro lado, as vagas para o neonatal terão de aguardar a construção do complexo de maternidade.
Mais qualidade no atendimento
Diretor administrativo do HBB, Élcio Callegaro ressalta que a instituição terá uma estrutura para serviços de alta complexidade. Com o investimento, o alcance de municípios também aumentará.
Pelos cálculos, a população total de alcance passará para 350 mil pessoas. Com as construções, o HBB se equipara a hospitais da capital, Santa Maria e Passo Fundo.
De acordo com Fracaro, tendo os recursos, as obras serão rápidas. Constata que a dificuldade maior está em contratar a equipe médica para suprir a demanda de atendimentos.
Com o centro de maternidade, há uma tentativa de aumentar o número de parto normal. Hoje, toda gestante é encaminhada para o bloco cirúrgico, onde é definido o procedimento.
Por ano, a média é de 900 partos. Destes, 65% são cesáreas. “O centro muda isso, a mãe dá a luz em um quarto diferenciado, com participação da família”, diz Fracaro.
Valores estimados
Estrutura física do 1° andar
– R$ 300 mil
UTI pediátrica
– Área física: R$ 1.050.000,00
– Equipamentos: R$ 890 mil
Unidade de internação pediátrica
– Área física: R$ 585 mil
– Equipamentos: R$ 300 mil
Centro obstétrico
– Área física: R$ 1,677.000,00
– Equipamentos: R$ 884 mil
Leitos UTI para gestantes de alto risco
– Equipamentos: R$ 200 mil
UTI neonatal
– Área física: R$ 50 mil
– Equipamentos: R$ 520 mil