Lajeado – Agentes epidemiológicos do município e da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) encontraram larvas do mosquito Aedes Aegypti nos bairros Americano, Montanha e Santo Antônio. O fato deixa os órgãos públicos em alerta.
Conforme o coordenador da 16ª CRS, José Harry, são 147 armadilhas instaladas em pontos estratégicos. Diz que a verificação é feita durante todo o ano. Segundo ele, é necessário apoio da comunidade para evitar a proliferação do inseto.
O calor e as chuvas são propícios à multiplicação do mosquito. Diante desse quadro, Harry solicita cuidados aos moradores que evitem deixar água parada em pneus, vasos e reservatórios abertos. Em outros municípios da região, afirma que não há informações de locais com reprodução do mosquito.
Ressalta que a preocupação é a proximidade com Porto Alegre. Na capital, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) considerou que a cidade está em uma pré-epidemia. Diz que há risco de o mosquito contaminado chegar na região e propagar o vírus. “O inseto pode vir no carro, em roupas, nas mochilas.”
Um caso de dengue foi registrado em Lajeado. O paciente contraiu a doença em viagem à Bahia. Ele foi tratado e está curado.
“Estamos sobre risco real”
Com a constatação da proliferação do mosquito transmissor da dengue, a Secretaria Municipal de Saúde identifica locais próximos que podem ter o inseto. Conforme o secretário Glademir Schwingel, a partir da confirmação de um ponto, é feita uma varredura em casas, lojas e terrenos num raio de 300 metros. “Estamos fazendo isso no Americano e no Santo Antônio.”
Solicita à população que os moradores permitam a entrada dos agentes epidemiológicos para avaliar se há locais de proliferação. Caso sejam encontrados mais focos, o município corre risco de ser classificado perante os órgãos estaduais de vigilância como município infestado.
Estado registra 53 casos
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) confirmou nessa terça-feira que foram registrados 53 casos de dengue no ano. Do total, 11 foram contraídos no Rio Grande do Sul. Os demais são de pacientes que foram contaminados em outros estados.
Dos 11 casos em que a pessoa foi contaminada no RS, dez aconteceram em Porto Alegre (onde também registrou-se 14 importados) e um em Santa Rosa. Nos casos importados as pessoas contraíram a dengue em: Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia e Amazonas.
Conforme a SES, foram investidos R$ 2,6 milhões para ações de prevenção. O recurso foi repartido entre 126 municípios. O investimento é voltado para campanhas educativas, ampliação de equipes de agentes de combate e aquisição de veículos, equipamentos, uniformes, entre outros.
A vigilância à dengue no Rio Grande do Sul ocorre desde 1995. Desde lá, não foi registrado nenhum óbito. No ano passado, foram confirmados 122 casos sendo 43 contraídos no estado e 79 fora. No ano passado, foram confirmados 122 casos no Estado, sendo 43 contraídos no estado e 79 importados.
Medidas para eliminar o mosquito
– Feche as caixas d’água, tonéis e latões
– Guarde pneus velhos em abrigos
– Coloque embalagens de vidro, lata e plástico em uma lixeira bem fechada
– Limpe com escovação os bebedouros dos animais
– Mantenha desentupidos os ralos, calhas, canos, toldos e marquises
– Mantenha a piscina tratada o ano inteiro
– Guarde garrafas vazias com o gargalo para baixo
– Não acumule água nos pratos com plantas, encha-os com areia
– Coloque areia nos cacos de vidro dos muros
Sintomas
– As pessoas apresentam febre durante cerca de sete dias com início repentino;
– Dor de cabeça, dores nas articulações e músculos;
– Dor atrás dos olhos;
– Falta de apetite, cansaço, náuseas e vômitos;
– Manchas vermelhas no tórax e braços;