Lajeado – A busca por descontos no comércio promete movimento intenso neste fim de semana. Após dois dias marcados por pesquisas de preços, os lojistas esperam que as especulações sejam convertidas em vendas. A previsão é de tumulto e dificuldade no atendimento aos consumidores.
Segundo a gerente comercial de uma loja de roupas, Juliane Riffel, 33, a cautela dos clientes se deve ao período em que a campanha foi realizada. “É fim de mês e o pessoal ainda pesquisará os preços.”
Maria Helena Zanatta, 43, gerente de uma loja de móveis e eletrodomésticos, projeta crescimento de cerca de 20% nas vendas nesta edição da campanha. Destaca a influência que a promoção tem em outros municípios do Vale. “Este ano temos muitos clientes de fora da cidade.”
Nem todas as lojas participantes da campanha abrem das 12h às 13h30mim. O horário é uma das principais alternativas para quem trabalha e tenta aproveitar as ofertas no período de almoço.
Niura Basse, 52, é taxativa quanto ao fechamento das lojas. “Só ganha meu dinheiro quem está aberto para atender.” Acrescenta que o horário estendido até as 19h é insuficiente para que os clientes realizem suas compras.
Para ela, a maioria dos profissionais trabalha até as 18h ou 18h30mim e que, em meia hora, é impossível comparar os produtos e preços oferecidos pelas lojas.
Horário
O horário de funcionamento das empresas sugerido pela organizadora da promoção, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), vai das 8h às 19h. Na sexta-feira, algumas lojas devem ficar abertas até as 20h e, no sábado, até as 18h. O funcionamento durante o meio-dia é facultativo.
Em Estrela, as lojas participantes do Arrasa Estrela ficam abertas até às 17h, no sábado.
Economia na liquidação
Nos setores de vestuário e calçados, em média, é possível comprar itens com descontos entre 20% e 50%. Produtos com 60% e 70% são encontrados nos dois segmentos, mas em menor proporção.
Bermudas infantis são vendidas por R$ 4,88, metade do preço original. Blusas femininas, que custavam R$ 119,00, estão disponíveis por R$ 39,90. O mesmo ocorre com camisas masculinas, que passam de R$ 159 para R$ 59.
Quem procura móveis, eletrodomésticos ou eletrônicos dificilmente encontrará produtos com 70% de desconto. No setor, as margens variam entre 20% e 30%. Dependendo do valor do produto, a economia pode passar dos R$ 200.
Por exemplo, um guarda-roupas com seis portas que custa R$ 889 pode ser comprado por R$ 689. O mesmo ocorre com refrigeradores de 437 litros, vendidos com R$ 250 de desconto em relação aos R$ 2.499 originais. Um televisor de 40 polegadas com tecnologia LED, que custava R$ 1.649, é vendido por R$ 1.395.
Atenção com os estoques
De acordo com lojistas, os clientes devem ter atenção redobrada na hora de comprar itens de liquidação. Na maioria das vezes, os produtos são de mostruário ou possuem poucos exemplares para venda. Nos móveis, a sugestão é conferir o estado de conservação das peças.
Logo no primeiro dia de promoção, a venda de faqueiro com 24 peças gerou filas em uma loja no centro. O conjunto era vendido por R$ 9,90, enquanto o valor original era R$ 34,90.
O estoque de faqueiros oferecidos foi insuficiente para atender todos os compradores. Foram vendidas em torno de três mil unidades na região em uma manhã. Gabriela Hendz, 17, queria comprar dois faqueiros, mas quando chegou na loja, os produtos estavam indisponíveis.
Dicas de compra
– Não deixar para procurar os produtos nas últimas horas;
– Conferir documentação necessária para cadastro nas lojas antecipadamente;
– Evitar horários de mais movimento, normalmente início e fim da manhã e tarde
– Conferir estado dos produtos de mostruário
