Lajeado – A programação da 3ª edição da Feira Nacional de Máquinas, Equipamentos, Produtos e Serviços para a Agroindústria Familiar (AgroInd) sofre mudanças. O evento, que estava marcado para esse ano, foi transferido devido ao pouco apoio dos setores públicos e da falta de um nome para assumir a presidência.
Na quinta-feira, durante reunião entre diretores da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), organizadora da exposição, foi decidido o adiamento. Havia a tentativa de nomear Ricardo Cimirro, fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como presidente da feira.
O pedido foi encaminhado à Superintendência estadual do órgão, que alegou dificuldade no quadro e negou a cedência do servidor. O vice-presidente de eventos da Acil, Alex Schmitt, acredita que a transferência ajudará na organização do evento.
Para realização da AgroInd, são necessários cerca de R$ 900 mil. Até o momento, estão confirmados os apoios do Poder Público de Lajeado, com R$ 150 mil, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que destinará R$ 50 mil e do Banco do Brasil, com valor de repasse indefinido.
O orçamento elevado se deve a característica do evento, que custeia o transporte, hospedagem e alimentação dos expositores das agroindústrias familiares. Pela expectativa, a feira deve ocorrer no segundo semestre de 2014
Feirantes do país em Lajeado
Com propósito de integrar a cadeia de agroindústrias familiares, prestadores de serviço, produtores e empresas de implementos, a AgroInd é realizada a cada dois anos. Na primeira edição, em 2008, a ACIL teve prejuízo e precisou usar recursos próprios para pagar as despesas.
Em 2011, na segunda edição, as despesasforam reduzidas. O recurso angariado em forma de patrocínio foi de R$ 385 mil.
O MAPA destinou R$ 100 mil. O estado R$ 70 mil. Executivo de Lajeado e Câmara de Vereadores R$ 110 mil. Empresas nacionais, como Banco do Brasil, Petrobras e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, R$ 55 mil. Patrocínio privado foram mais R$ 50 mil.
Mesmo com poucos recursos, o alto número de visitantes possibilitou o fechamento do caixa sem prejuízo. De acordo com Schmitt, sobraram cerca de R$ 12 mil.
Ao todo foram 298 expositores. Foram 139 do Rio Grande do Sul, 17 de Santa Catarina, 13 de Minas Gerais, outros 13 do Paraná e 12 do Rio de Janeiro.
No segmento dos fornecedores de máquinas, equipamentos, serviços e tecnologia, 104 empresas participaram da feira.
Nos cinco dias, 29 mil pessoas foram ao Parque do Imigrante. O total de dinheiro movimentado nos negócios chegou a R$ 10,7 milhões. De acordo com pesquisa da ACIL, 42% dos visitantes recebidos são potenciais clientes.