Vale do Taquari – O repasse do terreno que abrigará o campi Lajeado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (Ifsul) ocorre hoje, às 19h na sede do Clube Esportivo Olarias.
No segundo semestre de 2012, a Justiça penhorou a área da entidade como garantia do pagamento da indenização de um torcedor que foi agredido em 1999.
Para que o governo federal enviasse os recursos previstos à obra, o município precisava transferir a posse do terreno ao instituto até o fim do ano passado. Como isso não foi possível, o dinheiro retornou aos cofres da União.
O diretor-geral do campi Lajeado, Luís Afonso Tavares Alves da Fonseca, conta que com a oficialização por parte do município, uma série de medidas deve ser realizada até a definição do início das obras. Relata que não há uma data estabelecida para o começo da construção.
Para ele, os problemas que ocasionaram o atraso da obra representam prejuízos à comunidade regional. “Partimos do zero. Tínhamos recursos previstos e perdemos.” Cita a demora para contratação do corpo docente. “Temos de fazer um concurso público para nomeação dos profissionais.”
O secretário de Governo da administração municipal de Lajeado, Auri Heisser, diz que todos os esforços para agilizar o início das obras serão adotadas.
Aulas podem começar antes do prédio
Conforme Fonseca, o Ministério da Educação (MEC) abre possibilidade para que as aulas de cursos que precisam de estruturas mais simples possam começar antes do término da sede do Ifsul em Lajeado.
No entanto, isso só ocorre quando a construção estiver em um determinado percentual de conclusão. Frente a isso, o instituto recebe autorização para contratar professores e profissionais do setor administrativo, para aulas em prédios públicos com salas disponíveis.
Cursos definidos
Na terceira audiência pública, que ocorreu em agosto de 2012, representantes de entidades regionais, estudantes e comissão do Ifsul escolheram os eixos dos cursos técnicos que serão oferecidos em Lajeado.
Foram definidas três capacitações: automação industrial, processamento de alimentos e gestão de negócios. Esses cursos formarão a base do instituto nos próximos 30 anos.
A escolha levou em conta pesquisas, estudos dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e do MEC, além da necessidade de mão de obra na região.
Na área industrial, as qualificações podem incluir manutenção automotiva, mecatrônica, entre outras. O processamento de alimentos possibilita cursos de panificação, confeitaria e técnico emagroindústria. O segmento administrativo, abrange logística, contabilidade, comércio e vendas.
O que falta à construção:
– Repasse da área à Ifsul
– Vistoria dos técnicos para avaliação topográfica
– Terraplenagem
– Licenças ambientais para retirada de árvores
– Projeto arquitetônico para definir localização dos prédios
– Busca pelos recursos para a obra
– Licitação