Preço da energia reduz e da gasolina sobe

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Preço da energia reduz e da gasolina sobe

Aumento de 7% na gasolina reflete mais no orçamento do que economia na energia

aHá menos de um mês para vigorar o desconto de 16,2% na conta de luz, o governo federal projeta aumento de 7% na gasolina. Embora haja variação nos valores, consumidores e especialistas calculam e percebem que a economia em 2013 será nula.

Mesma conclusão teve a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que simulou os gastos a partir do consumo mensal das famílias, seguindo os critérios do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-S). Foi constatado uma diminuição de 0,23% no orçamento. Para uma família com renda de até R$ 5 mil, a queda corresponde a menos de R$ 20.

O delegado do Sindicato dos Contadores e Técnicos Contabilista (CRCRS), Dani José Petry, percebe que o reflexo na economia dependerá do perfil familiar.

As pessoas que utilizam veículos apenas para se deslocarem eventualmente serão beneficiadas com a mudança nos preços.Motoristas que necessitam do transporte para ir ao trabalho todo dia deverão ter mais gastos com gasolina.

Defasagem nas refinarias

O baixo preço da gasolina nas refinarias brasileiras é apontado pelo Ministério da Fazenda como responsável pelo aumento. Conforme o secretário de Acompanhamento Econômico, Antônio Henrique da Silveira, o valor está 7% abaixo do mercado internacional. Descarta aumento no preço do combustível antes de abril. Além da gasolina, o valor do óleo diesel deverá subir 4% a 5%.

Despesas para os consumidores

O aumento no preço da gasolina desagrada os consumidores. “O governo dá com uma mão e tira com outra,” lamenta o motorista aposentado Luiz Diel, 61.

Gasta cerca de R$ 500 com combustível por mês. Os 7% de reajuste representam R$ 35 a mais. Em contrapartida a conta de energia elétrica diminuirá cerca de R$ 19.

Quem também prevê mais gastos é Deloi Calescura, 49. Diz que evita passeios mais próximos, mesmo assim, estima que R$ 300 da aposentadoria são destinados para custear o combustível. “O jeito é andar a pé.”

A comerciante Ângela Heberle, 34, classifica o reajuste como absurdo. “Por que nosso salário também não aumenta assim?” Para ela, o valor pago pelo combustível era exagerado antes mesmo do aumento.

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