Políticos tentam construção pela sétima vez

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Políticos tentam construção pela sétima vez

Novos vereadores e assessores lotam câmara e forçam procura por sede própria

aaaOs vereadores projetam pela sétima vez, desde 2005, a construção de uma sede própria. Para isso será retomado o esboço feito há seis anos que previa erguer o prédio legislativo na praça Mário Lampert. A justificativa é que o atual espaço, no Genes Work & Shop, se tornou precário após o aumento no número de parlamentares – de 10 para 15.

Como primeira medida, uma comissão especial encaminha a proposta ao prefeito Luís Fernando Schmidt (PT), reivindicando a devolução da área ao Legislativo. O autor do projeto, Sérgio Kniphoff (PT), destaca que a praça foi doada para a câmara de vereadores em 2006 com o intuito de construir uma sede própria, mas devido intervenção do Ministério Público (MP) o espaço retornou para a administração municipal.

Enquanto a comissão debate com Schmidt a devolução do terreno, a assessoria jurídica estuda a situação do processo judicial. Conforme Kniphoff, o MP interveio a pedido de moradores da rua, que alegaram impacto de vizinhança devido a sombra que o prédio faria às residências.

O político lembra que a obra foi desenhada pela Sociedade de Engenheiros e Arquitetos, para a qual foram pagos R$ 30 mil pelo projeto. A obra começou e parte dos pilares de sustentação foi construída. Com a demora do processo judicial, o Legislativo desistiu.

Hoje, são pagos R$ 7,5 mil mensais pela locação do terceiro andar do Genes Work & Shop. Kniphoff ressalta que como o local não foi construído para atender as demandas de uma casa legislativa, o espaço se tornou inadequado para a instalação de gabinetes e atendimento da comunidade. “Pagaremos a obra com a economia do aluguel.”

A proposta é construir o básico. Devem ser feitos dois pavimentos. No primeiro, Kniphoff observa que será instalado um auditório com capacidade para a apresentação de pequenas peças teatrais ou eventos comunitários. No segundo piso, gabinetes para vereadores e seus assessores serão montados.

Caso a ocupação da praça Mário Lampert tenha impedimento legal, a comissão formada pela câmara fará novo estudo.

Tentativas frustradas

Há três anos foi formada uma comissão para estudar novas áreas e prédios capazes de abrigar o Legislativo. Diversos locais passaram por análise dos políticos, mas sem aprovação.

A última tentativa ocorreu em 2011. O então presidente Paulo Tori (PPL) apresentou à casa a proposta de compra da Igreja Evangélica, na esquina das ruas João Abott e Marechal Deodoro.

Em agosto do mesmo ano, após a polêmica sobre possível superfaturamento na compra, o projeto foi reprovado. Na época, Tori acusou Antônio Scheffer (PTB), de manipular os demais políticos a votar contra a proposta.

Na esquina das ruas João Abott e Marechal Deodoro, no centro, a área de 940 metros quadrados custaria R$ 580 mil. Outros R$ 820 mil seriam gastos em reformas. Durante as negociações outro impedimento surgiu: a área era atingida pela enchente.

Propostas desde 2005

Praça Mário Lampert

É a segunda vez que o Legislativo tenta construir sua sede no local. A primeira foi em 2005, mas devido a manifestação contrária da comunidade, que acionou a Justiça, a proposta foi arquivada.

Genes Work & Shop

Após desistir da praça Mário Lampert, vereadores cogitaram comprar três andares da atual sede do Legislativo, no prédio do Genes Work & Shop, na Av. Benjamin Constant.

Antigo prédio do Correios

A compra do antigo prédio dos correios, na rua Marechal Deodoro, também foi debatida pelos parlamentares, mas não houve acordo quanto ao preço do imóvel.

Projeto do Lyons

Uma parceria entre o Legislativo e a Lyons foi proposta na sequência, em que as duas entidades utilizariam o prédio. Novamente não houve acordo.

Prédio da Acvat

Há três anos, a comissão avaliou a compra do antigo prédio da Acvat, na Av. Benjamin Constant. As negociações pararam.

Igreja Evangélica

Uma das negociações mais tumultuadas. Após aprovar a verba de R$ 580 mil para a compra do terreno e prédio na esquina das ruas João Abott e Marechal Deodoro, os vereadores desistiram depois de ser apontado suposto desvio de dinheiro.

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