Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) mostra que 11 cidades estão entre as cem que mais avançam no estado. Os dados são referentes a um diagnóstico comparativo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) realizado em 2010.
O órgão faz todos os anos o levantamento e acompanha o desenvolvimento humano, econômico e social dos 5.565 municípios brasileiros. A base de dados são três áreas: Emprego/Renda, Educação e Saúde.
Diferente do último levantamento, quando nenhuma cidade alcançou a nota alta do desenvolvimento – acima de 0,8 – nesta edição quatro atingiram. As demais 33 seguem no quadro moderado de 0,6 a 0,8. Os dados permitem a orientação de ações públicas e o acompanhamento de seus impactos sobre o desenvolvimento dos municípios.
Teutônia está no topo do ranking na região, é o 7º no estado e o 120º no país. Lajeado perde a posição de primeiro, ficando em 8º no estado. Saúde é a área que faz com que a região cresça.
A cidade campeã se destacou nas três áreas, em especial na Educação e Saúde. Conforme o prefeito Renato Altmann, os resultados são motivadores para que no próximo se conquiste uma posição melhor.
Salienta que no último índice estavam na 13º posição do ranking regional e hoje subiram para a 7ª. Altmann lembra que Teutônia é a cidade que mais investe em saúde nos últimos anos, 25,42%, quase o dobro do exigido. Entre os custos estão os programas como o de Gestantes, em que as mulheres ganham pago toda o tratamento.
A cidade está com 0,85 pontos no índice, numeração considerada como alta. Com ela estão Lajeado, Teutônia e Estrela.
Em contrapartida Capitão, Taquari, Tabaí e Sério estão no fim da lista. O item Emprego e Renda foi o que contribui para o índice. Sério é a 51º pior cidade em desenvolvimento do estado. E ocupa a 3.120º posição no país.
A assessoria da Firjan cita que as cidades que tiverem melhores posições e que melhoraram seu índice de desenvolvimento foram as que trabalharam programas para as três áreas.
O índice se baseia em estatísticas
Para avaliar o desenvolvimento dos municípios são usadas estatísticas oficiais divulgadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Em 2012, os dados oficiais mais recentes disponíveis são de 2010, o que possibilitou uma análise detalhada das transformações sociais que marcaram o Brasil na primeira década dos anos 2000.
O estudo começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com precisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de medidas políticas ou apenas reflexo da queda de outro município.
Alto índice na maioria das cidades
O estado está em 6° lugar no ranking das federações, com 0,8190 pontos. O estado integra pela primeira vez o rol dos estados com alto grau de desenvolvimento. Com essas conquistas, o número de estados com a melhor classificação passou de três em 2009 para seis em 2010.
Hoje, 96% dos municípios do estado têm desenvolvimento moderado a alto. Foi a primeira vez que o estado alcançou grau de alto desenvolvimento. No entanto, fica atrás de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Dos 496 municípios gaúchos, 30 atingiram alto patamar de desenvolvimento. Quatro deles estão entre os cem maiores IFDMs do país.
Região tem mesma média que país
A média brasileira do IFDM atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009. Os dados refletem a recuperação da economia brasileira frente à crise mundial de 2008 e 2009 e nos avanços nas áreas de Emprego & Renda e Educação.
Apesar do crescimento, o índice de Emprego & Renda avançou em pouco mais da metade (52,2%) das cidades brasileiras, onde foram gerados 75% dos empregos com carteira assinada em 2010, revelando que o mercado formal de trabalho brasileiro ainda é concentrado.
Na Educação foi registrado um crescimento de 2,5% em comparação com o ano anterior. Se destacou a expansão no atendimento da educação infantil no Brasil, que em 2010 progrediu em mais de 80% das cidades. A quantidade de crianças em idade pré-escolar matriculadas no país subiu de 34,9% em 2009 para 40,1% no ano seguinte.
Na Saúde atingiu-se 0,8091 pontos. O destaque ficou para o aumento do número de gestantes com sete ou mais consultas pré-natal, o que ocorreu em quase 70% do país.