Região articula projeto para uso do porto

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Região articula projeto para uso do porto

Líderes discutem necessidade de dragagem do Taquari e transporte ferroviário

Vale do Taquari -Representantes do Vale se reúnem com o conselho portuário para definir medidas que garantam um melhor aproveitamento do Porto de Estrela. O encontro ocorre na segunda-feira e foi organizado pela Câmara de Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC/VT).

pEm setembro, representantes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), diretores da concessionária América Latina Logística (ALL), integrantes da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estiveram em Estrela.

Durante mais de três horas, debateram os problemas e as necessidades para potencializar o uso dos modais ferroviário e hidroviário. Entre as dificuldades apresentadas estão: a falta de itinerários de trens carregados para o município e a baixa profundidade do Rio Taquari, que dificulta o transporte por barcos.

O presidente da CIC/VT, Ardêmio Heineck diz que o grupo regional pretende assegurar a dragagem permanente do Rio Taquari e possibilitar a navegação durante todo o ano. Com a regularidade na hidrovia, a intenção é escoar todo tipo de produto industrializado das regiões da Serra e dos Vales do Taquari e Rio Pardo até o Porto de Rio Grande.

Ferrovia

As metas envolvem um itinerário frequente de cargas pelos trilhos. Heineck ressalta a importância da ALL para viabilizar o projeto. “Está na hora de assumir a responsabilidade e apostar em algumas linhas. A partir disso, o empresariado pode elaborar sua logística.”

Diante dessa observação, aposta ser possível criar uma relação de confiança entre empresas e prestadora de serviço. Em médio e longo prazo, prevê a instalação de novos empreendimentos na região em função do porto.

Adianta que há negociação com duas fornecedoras de insumos que funcionariam como entreposto, com produtos estocados para caminhões, trens e navios. “É uma oportunidade de negócio. Ter uma empresa mediadora entre usuário e prestador de serviço. Um escritório para fazer a operação de logística”, vislumbra Heineck.

Polo naval

O Vale está inserido no projeto do polo naval. Em uma das políticas desenvolvidas pela Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), empresas supridoras de bens e serviços dos grandes estaleiros de Charqueadas e Rio Grande obtêm incentivos para se instalarem nas regiões com ligações por hidrovia.

No sábado passado, o Porto de Estrela completou 35 anos de inauguração. Construído pelo governo militar em 1977, a estrutura ocupa uma área de 35 hectares na margem do Rio Taquari.

Durante a década de 80 e início dos anos 90, chegou a transportar 1,3 milhão de toneladas por ano. Hoje, em períodos com condições de navegar, a movimentação de carga se aproxima das 500 mil toneladas.

Para o presidente da CIC/VT, esse quadro é inadmissível. “Ver um investimento próximo dos R$ 300 milhões e usar apenas 10% ou 15% da capacidade é irracional.” Heineck está otimista. Elogia a participação dos integrantes da reunião de setembro. Acredita que o encontro reestruturou o grupo de trabalho que traçará as metas, para depois cobrar resultados.

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